A Chandon está comemorando 50 anos de sua fundação no Brasil. A multinacional francesa mostrou que não apenas está por aqui, mas que é do Brasil — trata-se de um patrimônio local, já que foi e é protagonista na construção da indústria desenvolvida no Rio Grande do Sul, com grandes contribuições à trajetória do vinho no país.
Atualmente, a Maison Chandon está em seis países: Argentina (1959), Brasil (1973), EUA (1973), Austrália (1986), China (2013) e Índia (2014). Nestas cinco décadas de pioneirismo, a Chandon se tornou referência, não apenas na produção de espumantes, mas em toda a cadeia, desde a viticultura, enologia, marketing, sustentabilidade, responsabilidade social e ambiental.
A multinacional possui, hoje, 120 hectares de vinhedos próprios e compra de outros 300 hectares, que pertencem a oitenta famílias de produtores, que recebem todo apoio técnico. Nos últimos anos a empresa apresentou uma série de novidades, como redesenho de sua marca, novos espumantes de alta gama, pop ups de experiências chamados de Casa Chandon em São Paulo, Rio de Janeiro e Recife.
Além disso, em evento que estive recentemente em sua sede em Garibaldi (RS), foi lançada uma plataforma global de responsabilidade social corporativa e engajamento, chamada de Terras da Biodiversidade. Na ocasião, estavam presentes Nicolas Gilardenghi, presidente da Moët Hennessy para América Latina e Caribe, Arnaud de Saignes, presidente da Maison Chandon, e Catherine Petit, diretora-geral da Moët Hennessy do Brasil.
Também houve a participação de Philippe Schaus, CEO da Moët Hennessy Global, um fato marcante, pois foi a primeira vez nestas cinco décadas que um CEO global do grupo visitou a sede em Garibaldi.
Novidade lançada durante o evento foi o Chandon Cuvée 50 anos, uma versão do Chandon Brut com nada menos que 50 meses de contato com suas leveduras, e com produção limitada a apenas 50 000 garrafas. Provei e está excelente, com ótimo volume de boca e complexidade.
Outra boa notícia destina-se ao enoturista que visita a Serra Gaúcha. A sede da Chandon em Garibaldi, fechada para visitação e em obras desde a pandemia, em breve será reinaugurada, com o nome de Casa Chandon Garibaldi. Conheci o local e está muito aprazível, com uma área externa linda, em meio aos vinhedos. Não acabou. A Chandon Brasil vai exportar, pela primeira vez, seus espumantes Chandon Passion para a terra do champanhe, a França.
CHANDON CUVÉE 50 ANOS EXTRA BRUT Edição limitada, elaborada pelo método charmat, com as uvas chardonnay, pinot noir e riesling itálico, em proporções semelhantes, das safras 2016, 2017 e 2018, com estágio de cerca de 50 meses em tanques de inox com suas leveduras. Cor palha clara brilhante, borbulhas finas. Aroma de boa complexidade, com notas de brioche, avelãs, damasco, panetone. Paladar cremoso, com boa profundidade. 12% de álcool. R$ 139,90, na Evino.
CHANDON RÉSERVE BRUT Elaborado pelo método charmat, com as uvas chardonnay, pinot noir e riesling itálico, em proporções semelhantes, com estágio de cerca de seis meses em tanques de inox com suas leveduras. Cor palha clara brilhante, borbulhas finas. Aroma frutado, com notas de maçã, pera, lima, flores brancas. Paladar leve, refrescante, com boa cremosidade. 11,8% de álcool. R$ 119,90, na Evino.
CHANDON BRUT ROSÉ Elaborado pelo método charmat, com as uvas chardonnay, pinot noir e riesling itálico, em proporções semelhantes, com uma pequena proporção de vinho tinto pinot noir, com estágio de cerca de seis meses em tanques de inox com suas leveduras. Cor rosa clara, borbulhas finas. Aroma frutado, com cerejas, framboesas. Paladar macio, cremoso, com uma ponta de doçura. 11,8% de álcool. R$ 129,90, na Evino.
Publicado em VEJA São Paulo de 24 de novembro de 2023, edição nº 2869
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