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Vinho e Algo Mais

Por Por Marcelo Copello Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
Especialista na bebida, Marcelo Copello foi colunista de Veja Rio. Sua longa trajetória como escritor do tema inclui publicações como a extinta Gazeta Mercantil e livros, entre eles "Vinho e Algo Mais" e "Os Sabores do Douro e do Minho", pelo qual concorreu ao prêmio Jabuti

Conheça o barolo: vinho italiano nobre e elegante

Da região de Piemonte, a bebida é produzida exclusivamente com a uva nebbiolo

Por Marcelo Copello
Atualizado em 20 jan 2022, 14h05 - Publicado em 6 ago 2021, 20h16
Quatro garrafas de vinhos Barolo em fundo branco.
 (Divulgação/Divulgação)
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Da região do Piemonte, no norte da velha bota, o barolo tem de ser feito exclusivamente com a nebbiolo. Essa casta precisa de frio, para um amadurecimento lento e tardio, e de sol, para afinar seus taninos. As colinas em torno da pequena vila de Barolo, com cerca de 400 metros de altitude voltados para o sul, e com típico nevoeiro (a nebbia, que dá nome a esta variedade), são o melhor lugar do mundo para essa uva.

Todo barolo precisa ficar ao menos dezoito meses em madeira e só sai ao mercado 38 meses após a colheita; se for um Riserva, esse tempo é de 62 meses. Existem dois divisores de água que determinam o estilo de um barolo, seu solo e sua elaboração. Há dois terrenos principais na região, o Tortoniano, mais comum nos vinhedos a oeste da vila, e o Serravaliano, mais a leste. O primeiro, mais fértil, gera vinhos mais perfumados e elegantes, e de menor guarda. O segundo, mais pobre, gera exemplares mais potentes e de maior longevidade.

Na vinificação, os produtores podem ser divididos entre tradicionalistas e modernistas, embora cada vez mais se adote um meio termo. Os primeiros colhem cedo, preservando a acidez, fazem macerações longas das uvas, extraindo mais taninos, e amadurecem os vinhos em recipientes maiores e mais neutros de madeira usada, chamados de botti. Os modernistas colhem as uvas mais maduras, fazem extrações mais curtas e usam barricas menores e novas, que dão notas de carvalho à bebida.

Como resultado, os primeiros são mais austeros e elegantes, que precisam de muitos anos de guarda. Enquanto os modernos são mais potentes e podem ser abertos mais cedo. Outra novidade da região é a classificação dos vinhedos. Seguindo uma tendência mundial dos vinhos “mono-vinhedo”, foram demarcados 170 deles em onze comunas, nomes que podem constar no rótulo.

Confira exemplares abaixo.

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Beni di Batasiolo Riserva DOCG Barolo 2011
Amadurece trinta meses em barris de carvalho. Com aromas de couro, balsâmicos, alcaçuz, ameixas, cerejas, baunilha, tabaco. Paladar de médio-bom corpo e com taninos e acidez médios, mais para elegante. R$ 486,94. Compre aqui: wine.com.br.

Batasiolo Barolo Boscareto DOCG 2009
Cor granada média, aroma complexo e bastante floral, com frutas vermelhas ainda frescas, cereja, defumado, balsâmico. Paladar encorpado com taninos ainda jovens, boa acidez, 14,5% de álcool. Decantar. R$ 586,94. Compre aqui: wine.com.br.

Marchesi di Barolo Tradizione Barolo DOCG 2015
Amadurece dois anos em barricas de carvalho. Cor granada média, notas de frutas negras e vermelhas, rosas secas, tostados, alcaçuz, terrosos, chá preto e cacau. Paladar com bons taninos e acidez, com 14% de álcool. Para guarda, ainda jovem, sugiro decantação. R$ 599,90. Compre aqui: evino.com.br.

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Elio Grasso Barolo Ginestra Casa Maté 2011
Amadurece 24 meses em carvalho da Eslavônia. Cor granada clara, nariz intenso e complexo, com notas  de couro, alcaçuz, tabaco, balsâmicos, cravo, alcatrão, rosas secas. Paladar seco e potente, com taninos volumosos e finos, grande vinho, para longa guarda, mas já expressivo. R$ 1.371,99. Compre aqui: amazon.com.br.

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