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Futuros: de dentro pra fora

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Sabina Deweik é jornalista, futurista e caçadora de tendências. Ela dedica-se a rastrear, ler e digerir o futuro, conhecimento que divide em palestras, workshops, capacitações e em sua coluna todas as segundas-feiras

No centro das mudanças

Os cenários se alteram, mas a maior transformação deve ser interna

Por Sabina Deweik
Atualizado em 29 set 2025, 13h04 - Publicado em 29 set 2025, 12h43
Casca de ovo: colunista Sabina Deweik estreia nesta segunda (29) com uma reflexão
Casca de ovo: colunista Sabina Deweik estreia nesta segunda (29) com uma reflexão  (Freepik/Reprodução)
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“Quando a casca do ovo quebra por fora, a vida morre. Mas quando a casca quebra por dentro, a vida nasce.” A primeira vez que ouvi essa metáfora, ela ficou ressoando em mim por dias. Em mais de vinte anos atuando como futurista e caçadora de tendências, percebi o quanto falamos de mudar cenários, negócios e culturas, mas esquecemos do mais importante: mudar por dentro.

Quando pensamos em futuro, quase sempre pensamos em inteligência artificial e algoritmos. Mas o amanhã não está apenas em laboratórios ou robôs.

Esse imaginário, como lembram iniciativas como a Decolonizing Futures Initiative, do Forum for the Future, nasce de uma visão eurocêntrica que entende o tempo como linha reta e o progresso e velocidade como sinônimo de inovação tecnocentrada.

O problema é que, ao projetar o porvir a partir de um único referencial, apagamos a pluralidade de temporalidades e de saberes que existem no mundo.

Decolonizar o futuro é um exercício que abre espaço para imaginar diferentes horizontes, em vez de aceitar uma narrativa única de progresso.

Ao ampliar perspectivas, multiplicamos possibilidades e fazemos justiça: o amanhã deixa de ser repetição linear do ontem e passa a ser campo fértil de diversidade.

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O futurista Gerd Leonhard reforça essa visão: “As sociedades são movidas pela tecnologia, mas definidas pela humanidade”. É à partir dessa concepção que convido, você leitor, a participar desta coluna. Porque o futuro não é no singular: são futuros, no plural. É da nossa ética que nascem caminhos mais desejáveis. E todos eles começam de dentro pra fora.

Nenhuma IA irá transformar realidades se não transformarmos, antes, as nossas consciências. Se não rompermos nossas próprias cascas por dentro, continuaremos repetindo o mesmo vazio, lá fora.

O desafio é inegociável: precisamos urgentemente ser humanos melhores, porque jamais seremos robôs melhores. Afinal, o futuro não acontece para você. É você quem acontece para o futuro!

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