Por Anderson Santiago
Como parte da Virada Esportiva, evento que traz diversas atrações a pontos variados da cidade neste fim de semana, o Estádio do Ibirapuera , que fica ao lado do Ginásio, recebeu neste sábado (24) as semifinais do campeonato brasileiro de rugby. O evento, no entanto, foi marcado pela tentativa de bater um recorde: o de maior scrum do mundo. Scrum é a jogada mais famosa do esporte em que os jogadores rivais se amontoam e disputam corporalmente quem fica com a posse de bola.
O recorde de fato foi batido este ano na Austrália: 1 160 pessoas. Por aqui, no entanto, somente 780 apareceram e fizeram a jogada. Todos que assistiam ao campeonato participaram – nem o repórter foi poupado e também foi chamado para engrossar a jogada. O resultado: foi o maior scrum das Américas, mas o feito mundial vai continuar nas mãos dos australianos.
O rugby, que passará a ser disputado em Olimpíadas pela primeira vez no Rio de Janeiro, em 2016, está cada vez mais popular no Brasil. Conversamos com Fernando Portugal, o maior ídolo brasileiro do esporte na atualidade, atual capital da seleção brasileira de rugby, que assistia animado ao evento e confirmou a fase boa do esporte. Confira:
O momento é bom para o rugby hoje no Brasil, não é?
É um momento mágico para o esporte e está crescendo muito. Há 20 anos, quando comecei, era muito diferente, extremamente amador. Muita gente está interessada no rugby hoje, principalmente depois de saber que ele estará nas Olimpíadas pela primeira vez, em 2016, no Rio. Esse fato é o mais marcante para a profissionalização do esporte por aqui.
É um esporte para jovens ou quem já passou dos 20 pode começar a jogar rugby profissionalmente Quais são suas dicas?
Dois meios para quem quer informações iniciais para virar um profissional: o portal da Confederação brasileira de Rugby e o site Portal do Rugby. São boas fontes de pesquisa para começar no esporte e procurar bons lugares para treinar. Em relação à idade, quanto mais jovem melhor, como em todo esporte, mas se o cara já passou dos 20 ainda tem chances, sim. Há muitos casos de sucesso de gente que começou depois dos 25 e hoje joga até em seleções. Há espaço para todo mundo, com certeza.