✪✪✪✪ Napoleão, novo filme de Ridley Scott (Gladiador), está em cartaz nos cinemas e comprova, mais uma vez, o talento do diretor em conduzir histórias épicas. Repetindo a parceria com o vencedor do Oscar Joaquin Phoenix (Coringa), Scott se permite mergulhar nas grandes conquistas e também na vida pessoal do líder militar francês Napoleão Bonaparte.
+Por dentro do Museu do Oscar, em Los Angeles
O pontapé inicial da narrativa acontece durante a Revolução Francesa, período no qual o protagonista começou a ascender com suas táticas de guerra e presença marcante. A partir daí, entra em cena Josephine (Vanessa Kirby, deslumbrante), esposa de Napoleão e fiel companheira de anos.
Para além das sequências de guerra, já aguardadas por se tratar de um projeto do cineasta, outro elemento de grande valor no filme é o relacionamento do casal. É com Josephine que Napoleão se vê mais inseguro e humano, enquanto no campo de batalha todas suas dúvidas são deixadas de lado.
Nas cenas divididas entre Phoenix e Kirby, difícil é decidir quem brilha mais. Ambos estão provocativos e interessantes o suficiente para que a narrativa possa desacelerar um pouco. Por outro lado, o talentoso Phoenix ganha seus momentos “de Oscar” nas sequências que destacam suas táticas de guerra.
É impressionante ter um pouco de noção de como foram as batalhas de Austerlitz (uma das maiores vitórias de Napoleão) e Waterloo, com todo o domínio técnico e visual de Scott. É para assistir na tela grande e se surpreender com os detalhes.
Publicado em VEJA São Paulo de 24 de novembro de 2023, edição nº 2869