✪✪✪✪✪ Em cartaz em cinemas selecionados, o documentário Moonage Daydream é uma viagem que todos os fãs de David Bowie, o camaleão do rock, precisam fazer. A produção, impecável em todos os sentidos, é dirigida por Brett Morgen (Kurt Cobain: Montage of Heck).
+‘Santo’: Bruno Gagliasso fala sobre preparação intensa, mistério e candomblé
Contado através de imagens caleidoscópicas, outras fruto do arquivo pessoal ou de performances inéditas de Bowie em diferentes épocas, o documentário homenageia o cantor, compositor, produtor musical, pintor e ator de forma cativante. Ao mesmo tempo, a obra segue uma linha cronológica a fim de explicar ao público o quão dinâmico o britânico foi durante sua vasta carreira.
Do impacto de sua “persona” criada nos anos 70, Ziggy Stardust, ao seu último álbum, Blackstar, lançado dois dias antes de sua morte em janeiro de 2016, Bowie sempre será conhecido como o camaleão do rock. E o filme busca alcançar a origem de toda aquela criatividade, mesmo sabendo que isso é impossível. Afinal, Bowie se reinventou diversas vezes ao longo das décadas, criando estilos e identidades. Mesmo se dedicando a estilos mais “comuns”, sempre deu seu jeito de brilhar.
A jornada de Moonage Daydream proporciona uma verdadeira aula sobre a vida e a arte num geral. Favorece uma compreensão mais detalhada sobre o artista, ainda que ele sempre tenha uma aura misteriosa ao redor.
Essa é a graça de observar um dos maiores artistas do nosso tempo: admiramos suas escolhas, mesmo não as compreendendo por completo. O termo “vanguardista”, citado no documentário, é perfeito para defini-lo.
Morgen passou quatro anos montando o filme e outros 18 meses projetando a paisagem sonora, animações e paleta de cores. Tanto que este é o primeiro filme apoiado pelo David Bowie Estate, que concedeu a Morgen acesso total à sua coleção.
Moonage Daydream fica em cartaz nos cinemas brasileiros entre 15 e 21 de setembro, em salas IMAX e convencionais.