Além de refilmagens, sequências de histórias que fizeram sucesso há algumas décadas continuam na moda. O Massacre da Serra Elétrica: o Retorno de Leatherface, disponível na Netflix, é a síntese desse interesse em reaproveitar conceitos a fim de introduzir novos públicos a um universo já montado.
No entanto, o resultado final do longa, dirigido por David Blue Garcia, não chega aos pés do original, O Massacre da Serra Elétrica, lançado em 1974. Na trama, Melody (Sarah Yarkin) leva sua irmã, Lila (Elsie Fisher), a uma cidade fantasma chamada Harlow, no Texas.
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O intuito de Melody e seus amigos, todos empreendedores, é reestruturar o local. Eles estão animados com o potencial de leiloar propriedades antigas e criar uma área moderna, mas não é dessa forma que as coisas evoluem. O grupo logo descobre que, naquela pacata cidade, o assassino Leatherface ainda vive.
Praticamente cinquenta anos após cometer macabros crimes com sua serra elétrica, o homem ressurge das sombras e, mais uma vez, se mostra imbatível. Com uma parcela nostálgica, o filme do gênero slasher reapresenta a personagem Sally, única sobrevivente de 1974.
Agora interpretada por Olwen Fouéré, ela investiga as novas mortes que acontecem de forma rápida e ajuda os forasteiros a enfrentar o grande vilão. Apesar de a premissa parecer interessante, na prática O Retorno de Leatherface não traz uma atualização relevante, pois as situações sempre caem em terrenos nada audaciosos e os assassinatos não ajudam a construir uma narrativa.
Pelo contrário: eles são apenas extremamente sangrentos e violentos, ganhando mais atenção do que a narrativa principal. os fãs de terror podem gostar do show de horrores, mas o roteiro não sai do plano raso.
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Publicado em VEJA São Paulo de 2 de março de 2022, edição nº 2778