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Filmes e Séries - Por Barbara Demerov

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Falling — Ainda Há Tempo é um drama familiar sobre senilidade e homofobia

Produção marca a estreia de Viggo Mortensen, de O Senhor dos Anéis e Capitão Fantástico, na direção; filme está em cartaz nos cinemas

Por Barbara Demerov
3 dez 2021, 06h00
Imagem mostra dois homens, um mais velho e um mais novo. O mais velho, na esquerda, de cabelos brancos, grita algo enquanto estende os braços para o homem mais novo, que está sentado e gesticulando com os braços.
Henriksen e Mortensen em Falling — Ainda Há Tempo: pai e filho em cabo de guerra. (Falling — Ainda Há Tempo/Divulgação)
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Falling — Ainda Há Tempo, drama em cartaz nos cinemas, é estrelado por Viggo Mortensen (que também dirige e roteiriza), Lance Henriksen, Terry Chen e Laura Linney.

Na trama, Willis Petersen (Henriksen), um fazendeiro homofóbico, mora sozinho e começa a ter sintomas de demência. Com o imprevisto, ele terá de vender sua antiga fazenda e morar com o filho, John (Mortensen), e o marido dele, Eric (Chen), em Los Angeles.

A mudança causa grandes atritos à já conturbada relação. Com diversas idas e vindas no tempo, o longa apresenta as razões pelas quais pai e filho nunca se deram bem. É complicado observar as nuances com o passar das décadas e, ainda, atestar como as ações violentas (sejam verbais ou físicas) de Willis têm um peso fixado na mente de seus próprios familiares.

Uma cena com os Petersen à mesa de jantar diz muito sobre quanto os netos vestem a camisa dos pais e os defendem do avô insensível. Ao mesmo tempo que está claramente debilitado, Willis não é digno de pena.

Falling — Ainda Há Tempo marca a estreia de Mortensen (de O Senhor dos Anéis) na cadeira de direção e demonstra sua atenção em expor os detalhes de uma convivência inflexível e um passado complexo. Apesar de ser um tanto raso e repetitivo no discurso, o filme possui boas atuações.

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Publicado em VEJA São Paulo de 08 de dezembro de 2021, edição nº 2767

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