✪✪✪ Se você assistir a Era Uma Vez Um Gênio sem ler quem é o diretor antes, é pouco provável que pensará, logo de cara, que se trata de George Milller. Mas essa é a verdade. A figura que comandou os clássicos Mad Max e As Bruxas de Eastwick agora mergulha no gênero dramático — sem deixar a fantasia de lado — de um jeito cativante.
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Em cartaz nos cinemas, o longa traz a talentosa dupla formada por Tilda Swinton (Precisamos Falar sobre o Kevin) e Idris Elba (A Fera) e a insere em uma longa conversa sobre a vida e suas ramificações.
No caso, elba é Djinn, um antigo gênio que acaba de sair de sua lâmpada, mas as reflexões que o personagem apresenta são humanas e críveis. Já a figura de Tilda, Alithea, é uma professora de narratologia solitária que, logo de cara, se recusa a fazer três desejos. ela sabe que o resultado pode não ser tão satisfatório.
O problema é que o ser (que está preso há mais de 2 000 anos) só será livre se a mulher realizar esses pedidos. em um esforço para convencê-la, Djinn narra suas aventuras no tempo. Amor é o assunto principal a ser discutido pelos dois em um luxuoso quarto de hotel. E aos poucos, uma forte conexão se forma.
Enquanto ela está feliz por ter companhia, ele vê a possibilidade de viver sem tantas preocupações. Miller dirige essa história surpreendentemente leve, que dialoga diretamente com os dias atuais após o mundo ter passado por tempos de isolamento e solidão.
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Publicado em VEJA São Paulo de 14 de setembro de 2022, edição nº 2806