A artista Britney Spears já ganhou mais de um documentário que discute sua luta (por muitos anos silenciosa) pela liberdade. E o fato é que, apesar desses filmes não possuírem muitas diferenças quando analisados lado a lado, a intenção ainda é válida.
Quando o movimento Free Britney ganhou força, após uma série de denúncias sobre sua curatela ser revelada, nada voltou a ser o que era antes. A imagem de Britney como uma pessoa problemática que não tinha condições de cuidar da própria vida passou a não fazer mais sentido, em particular quando seu pai, Jamie Lynn Spears, foi apontado como a grande origem do problema.
+Estreias da Netflix em outubro
O documentário Britney x Spears, na Netflix, mergulha no polêmico processo que se estendeu por tantos anos contra a vontade da cantora. Com direção de Erin Lee Carr, partes de sua carreira são relembradas para que o público compreenda a dimensão da tutela, iniciada em 2008. Há também passagens que trazem documentos nunca antes vistos sobre o caso.
Assim como Framing Britney Spears: a Vida de uma Estrela, no Globoplay, a produção traz imagens de arquivo, faz um bom trabalho no sentido de clarear os rumores ao longo dos anos e, especialmente, destaca a insatisfação de Britney pela ausência de autonomia. Por outro lado, ambos os documentários deixam a sensação agridoce de que eles também se aproveitam um pouco da complexa situação.
Britney x Spears aborda as dificuldades da artista em remover o pai da posição, mas o que mais chama atenção é o período do lançamento. No fim de setembro, o Tribunal Superior de Los Angeles decidiu retirar Jamie da tutela.
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Publicado em VEJA São Paulo de 13 de outubro de 2021, edição nº 2759