Belo Desastre, novo filme dirigido por Roger Kumble (de Segundas Intenções) tinha tudo para ser mais uma produção bem sucedida sobre romance na juventude – gênero que faz sucesso no cinema. À primeira vista, a presença do cineasta responsável por um dos maiores clássicos dos anos 90 é digna de curiosidade.
Mas, apesar de se destacar por um elenco que se esforça para entreter o espectador, o longa (baseado no livro homônimo lançado em 2011) não é capaz de entrelaçar tantas subtramas que não fazem sentido quando combinadas. Na história já em cartaz nos cinemas, Travis “Cachorro Louco” Maddox (Dylan Sprouse) é um bad boy que divide sua rotina entre lutas clandestinas e encontros amorosos.
Quando conhece Abby Abernathy (Virginia Gardner) na faculdade, ele imediatamente se interessa pela jovem. A aproximação é intensa desde o início, pois Abby não quer se apegar a uma figura tão inconstante como Travis. Além disso, a protagonista guarda um segredo: ela é uma talentosa jogadora de pôquer e está fugindo de seu pai, que a usava para ganhar dinheiro.
No entanto, o casal em potencial se conecta e percebe que essa curiosa união pode ser benéfica. Virginia e Dylan têm boa química, mas essa é uma das poucas qualidades desta narrativa um tanto confusa.
Publicado em VEJA São Paulo de 19 de abril de 2023, edição nº 2837
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