E se você descobrisse, de um dia para o outro, que o seu casamento de doze anos está longe de ser perfeito? Em Anatomia de um Escândalo, minissérie da Netflix com seis episódios que estreia no dia 15 de abril, essa pergunta é feita repetidamente à personagem Sophie Whitehouse (Sienna Miller).
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Ela é a esposa de James Whitehouse (Rupert Friend), poderoso político britânico, e sempre teve certeza absoluta de que o relacionamento não tinha defeito algum — assim como o marido, uma figura exemplar aos olhos da família e do público.
O problema é que, na verdade, Whitehouse possui alguns segredos polêmicos, até mesmo sombrios, que terão de ser analisados em um julgamento público, com intensa cobertura da mídia. Se por um lado o olhar de James sobre uma traição que abre caminhos a outras investigações é importante para a narrativa, a reação de Sophie é primordial.
A história se desenrola a partir de seus sentimentos diante do caso — especialmente diante da sensação de ver que seu marido pode ser uma pessoa completamente diferente daquela que imaginava conhecer há tantos anos. Os criadores da produção, David E. Kelley (Big Little Lies) e Melissa James Gibson, dão espaço para que as leis sejam discutidas profundamente.
A personagem Kate (Michelle Dockery) vive a advogada especializada em lidar com crimes sexuais e demonstra extrema destreza ao enfrentar o réu. Por ter apenas seis episódios, Anatomia de um Escândalo ganha diversos pontos por evitar girar em círculos e priorizar uma trama direta, ainda que diversas idas e vindas no tempo permeiem os capítulos.
Além disso, as atuações de Sienna, Michelle e Friend são o carro-chefe e mantêm a tensão sempre no alto, sendo a primeira atriz citada a responsável por levar o espectador a uma jornada esclarecedora ao passado. Aos apreciadores de um bom drama, a série promete agradar.
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Publicado em VEJA São Paulo de 13 de abril de 2022, edição nº 2784