Alguns amores vêm e vão, mas sempre existe aquele que perdura independentemente do tempo. A Última Carta de Amor, disponível na Netflix, se apoia nessa linha de pensamento para apresentar uma história tocante sobre perdas, conquistas e surpresas da vida.
Dividida em duas linhas temporais (uma nos anos 60 e a outra nos dias atuais), a trama introduz as personagens Jennifer (Shailene Woodley) e Ellie (Felicity Jones). Enquanto a primeira é uma mulher infeliz no casamento e apaixonada pelo seu amante Anthony (Callum Turner), a segunda é uma jornalista que acaba de sofrer uma desilusão amorosa.
Elas se conectam por um fio invisível a partir do momento em que Ellie encontra, no jornal onde trabalha, diversas cartas trocadas por Jennifer e Anthony. Inspirada pela força desse segredo, ela passa a procurar uma forma de descobrir o que se passou entre os dois.
Houve um final feliz? Por meio de flashbacks envolvendo um acidente sofrido por Jennifer (que quase a fez perder a memória por completo) e os desafios pessoais que a personagem teve de enfrentar por causa do marido, o longa dá destaque à Shailene, que entrega uma atuação tocante e dedicada como essa mulher impedida de ser ela mesma. Felicity, por sua vez, equilibra a narrativa emotiva com doses de humor e sarcasmo. A Última Carta de Amor é a opção ideal para os românticos que não se incomodam com clichês do gênero em prol de um final satisfatório.
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Publicado em VEJA São Paulo de 04 de agosto de 2021, edição nº 2749