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A Tal Felicidade

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Terapias corporais e poesia

Psicóloga fala sobre sua transformação após ter começado a escrever poesia

Por Maria Raymunda Ribeiro, em depoimento a Helena Galante
17 fev 2023, 06h00
A Tal Felicidade
 (Pexel/Reprodução)
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Felicidade… Receber um convite para escrever e publicar sobre minha experiência com as técnicas corporais que aprendi há anos e ainda falar da alegria que é ser poetisa. Quantas técnicas, instrumentos de intervenções terapêuticas que podem ser usados no meu dia a dia. Quantas vivências que fazem parte do repertório dentro das psicoterapias: calatonia, toques sutis, descompressão fracionada, relaxamentos, reflexologia e tantos outros.

+ “Adormecer é deixar-se levar…”

+ Escuta ativa

Atualmente faço parte de um grupo formado por ex-alunos da psicologia analítica com trabalhos corporais. Trocamos conhecimentos uma vez por semana; nos ajudamos desde antes da pandemia. Através das técnicas corporais, desvendamos um caminho de acesso para a felicidade.

No ano de 1999, quando se aproximava minha defesa de mestrado, tive uma crise no meu desenvolvimento, adoeci, virei do avesso… Com a ajuda do meu médico homeopata e da minha terapeuta artística, escrevi um livro de orações e preces em forma de poesia, com fotos, mantras e pinturas. Abriu–se um portal dentro de mim! Nessa época, andava sempre com uma prancheta. Pintei muito, escrevi, fiz esculturas… Foi época de grandes transformações no meu processo de individuação (tornar-se aquilo que tu és).

O livro ficou pronto e guardado até que, 21 anos depois, em plena pandemia, reformei minha casa externa. Encontrei meu livro e a ajuda de uma querida amiga, que me impulsionou para fazer as partituras e os arranjos para os mantras, me estimulou a publicá-lo. Foi uma alegria poder oferecer um livro de orações numa pandemia, época em que tanto precisamos alimentar a nossa alma com poesia.

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Felicidade é troca!
Felicidade é conhecimento.
Felicidade é degustar o novo, o movimento que é a vida!
Felicidade são momentos. Sentir o pulsar do coração, agradecido, depois de um encontro do qual se leva um pouquinho do outro no corpo e na alma.
Felicidade é sentir no corpo o sol, a brisa do mar, a areia sob os pés!
Felicidade é amar e se sentir amada.
Felicidade é uma notícia que chega, numa surpresa que abre seu sorriso.
Felicidade é um convite para um café que se desdobra num encontro maior, de alma, com um “estranho” até então.
Felicidade é também me reconhecer como escritora e poetisa depois de anos de trabalho na terapia artística,
na psicoterapia, em supervisões, como psicoterapeuta, trabalhando com meus pacientes e comigo mesma.
Felicidade é ter a facilidade de me expressar em diferentes áreas e contribuir com o que posso produzir, deixando minha marca no mundo, numa profissão de ajuda.
Felicidade, depois de uma pandemia, é poder olhar os anos que me restam para viver intensamente no aqui e no agora, pois estou na Idade da Sabedoria (de acordo com Rudolf Steiner) e tenho de aproveitar cada momento. Felicidade… Saúde no corpo e no coração.
Simples! É no simples que nós encontramos a felicidade!

Maria Raymunda Ribeiro é psicóloga clínica, analista junguiana, consultora na área da saúde e do desenvolvimento, palestrante e professora. Formadora e facilitadora de meditação em saúde pela Unifesp. Possui ainda qualificação em MBTI — Myers Briggs Type Indicator, especialização em terapia psicomotora, cinesiologia, quirofonética e massagem oriental.
Maria Raymunda Ribeiro é psicóloga clínica, analista junguiana, consultora na área da saúde e do desenvolvimento, palestrante e professora. Formadora e facilitadora de meditação em saúde pela Unifesp. Possui ainda qualificação em MBTI — Myers Briggs Type Indicator, especialização em terapia psicomotora, cinesiologia, quirofonética e massagem oriental. (Divulgação/Divulgação)

A curadoria dos autores convidados para esta seção é feita por Helena Galante. Para sugerir um tema ou autor, escreva para hgalante@abril.com.br

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Publicado em VEJA São Paulo de 22 de fevereiro de 2023, edição nº 2829

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