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A Tal Felicidade

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Saúde, bem estar e alegria para os paulistanos

É preciso ser resiliente para ter uma felicidade duradoura

Para Claudia Riecken, a ideia de "felicidade perfeita" pode mais nos frustrar do que fortalecer

Por Claudia Riecken
8 jan 2021, 06h00 •
Desenhos de três pessoas em poses de yoga
 (Getty Images/Reprodução)
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  • Antes de tudo, uma constatação: nossa infelicidade sutil precede a felicidade que se pode alcançar na resiliência. A partir desse ponto, uma nova questão: você reconhece suas inquietudes sem permitir derrotar-se secretamente?

    Continue a nadar”, diz a personagem Dory no famoso desenho Procurando Nemo. Tal persistência nos objetivos de vida tem me ajudado a não desanimar e, portanto, ter a tal “feliz vida de cada dia”. Uma ideia de felicidade perfeita pode nos frustrar mais que fortalecer. A felicidade dos resilientes ressurge melhor se o espírito estiver disposto.

    Ao escrever o livro SobreViver — Instinto de Vencedor, estudei do ponto de vista científico doze portais de resiliência e a personalidade dos sobreviventes. Se cada portal traz um padrão das pessoas mais resilientes, o sétimo me toca pessoalmente para a resiliência que tem salvado minha experiência de felicidade: continue a nadar.

    Quinze anos depois do lançamento, chegando neste janeiro à quarta edição (com menção à pandemia), ainda me surpreendo com quanto é vital começar de novo, no novo e outra vez. Todo santo dia evocar meu ânimo e meu anjo — do contrário, o desânimo escondido cresce em forma e raiva, peso extra, frustrações e disfarces. Quero não.

    Sou mãe de três meninas, hoje já moças. Talvez essa relação de longo prazo (um vínculo duradouro também presente nos melhores resilientes & sobreviventes) seja minha lição número 1. No trabalho, no amor, no meu lugar no mundo, e em especial na minha inalienável liberdade pessoal, a resiliência é a força para eu pisar meu chão, respirar (é grátis) e salvaguardar a felicidade experimentada. Mas é na relação de ver minhas filhas crescer e florescer que mais sinto a importância da resiliência.

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    Preciso dela para não “perder o meu chão” e retomar o equilíbrio de cada dia, experimentar gratidão e boa dose de felicidade. Filhos adolescentes parecem que fazem todos o mesmo curso: um tipo de terrorismo brando, emocionalmente pós-graduados em apertar nossos botões. E a gente reage e pula, se preocupa, se aborrece…

    Beleza, para mim, aparece na resiliência de pacificar meu perfeccionismo besta e conseguir avanços com elas e comigo. Dentro do possível, alavanco de verdade um estado de felicidade sagrado nesta vida. É quando sei que nossa “síndrome de bons meninos” e nossa autossabotagem perderam para uma boa direção: a maturidade de escolher pela felicidade.

    Dizer não, pôr limites, abraçar, dizer sim, me permitir meu espaço e o de cada outro em minha vida, me aborrecer sem nutrir mágoa por muito tempo, perdoar e refazer o clima, ter perspectiva e esperança boa, praticar o que falo… Confiar em mim e no meu amor. Saber quem sou.

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    Resiliência e maturidade andam juntas. E juntas rodeiam mais o bom humor do que a seriedade no semblante. Para a trincheira, tenho frases-mantra. Observar e não absorver (ao menos não tudo). Um dia atrás do outro e uma noite no meio. Respira que é grátis (para evitar exageros desnecessários). Você é suficiente. Você não é o que te aconteceu. Eles (seja lá quem forem) não te definem. Continue a nadar. Pisa teu chão. Pisa leve e olha pra frente.

    Tudo vai ficar bem. E deus seja por nós.

    Imagem Claudia sorrindo
    (Cris Abdalla/Reprodução)
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    Claudia Riecken é neurocientista clínica licenciada, escritora especializada em superação de stress pós-traumático e fundadora da QuantumHouse.com. Seu próximo livro será Respira que É Grátis.

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    Publicado em VEJA São Paulo de 13 de janeiro de 2021, edição nº 2720

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