Quando olhamos ao redor, parece que o mundo está entulhado de resíduos. Mas eu vejo algo diferente. Tenho uma crença firme de que podemos transformar essa situação em algo positivo — oportunidades, empregos, inovação, educação, cultura e, acima de tudo, qualidade de vida. Essa convicção é o que me move, e é por isso que estou à frente do Movimento Circular. Estamos celebrando três anos dessa jornada de compromisso com a mudança social, reunindo pessoas de todos os cantos da sociedade. O que nos une? A convicção de que a circularidade é o caminho para uma vida mais feliz, saudável, justa e sustentável.
Liderar esse movimento é estar na vanguarda de uma incrível iniciativa educacional líder na América Latina e que já impactou milhões de pessoas. Ao longo dessa jornada, tenho testemunhado uma transformação acontecendo diante dos nossos olhos. Pessoas de diferentes áreas compartilham ideias e experiências, construindo juntas um futuro mais verde e promissor.
Não é uma jornada simples, mas é necessária.
O nosso planeta não pode mais suportar o estilo de vida que levamos atualmente — consumindo recursos naturais, poluindo e negligenciando a regeneração dos ecossistemas. A cada passo que damos, reforçamos nossa crença de que a circularidade não é apenas uma ideia, mas uma mudança urgente. Se não agirmos agora, quando vamos tomar as rédeas do presente e futuro?
A economia circular não é apenas uma mudança nos nossos hábitos de consumo; é uma renovação completa da nossa sociedade. É a chave para um desenvolvimento verdadeiramente sustentável, em que a inovação floresce, a inclusão social se fortalece e os recursos são compartilhados de forma mais justa. É uma oportunidade para novos negócios, produtos e serviços surgirem. Consigo ver esse caminho como uma realidade cheia de alegrias para quem se lançou nesse desafio.
Como cidadãos conscientes, é importante perguntar: qual é o nosso papel nessa transformação? A transição da economia linear, que desperdiça e descarta, para uma economia circular, em que tudo pode (e deve) ter uma “nova vida”, é uma jornada que não pode mais ser adiada. Fazer parte dessa mudança é uma experiência gratificante que vai além das palavras.
Hoje em dia, a sustentabilidade e a responsabilidade social e ambiental estão no centro das preocupações das empresas e organizações. É uma oportunidade para construir um mundo melhor para todos nós, onde ações práticas mobilizam pessoas, orientam novos agentes de mudança e criam soluções reais, abrindo portas para novos mercados e oportunidades de negócios. Agir em prol da circularidade é a nossa oportunidade de sermos arquitetos de um futuro melhor.
Minha jornada de vida é dedicada à implementação de movimentos educacionais e políticas públicas que já impactaram a vida de mais de 1,3 milhão de crianças e jovens em diversos países. Luto para que a educação para o desenvolvimento sustentável seja uma realidade global. Isso me faz ser feliz. Servindo em causas da educação e meio ambiente, trabalhando por um mundo mais sustentável, consigo sentir a tal felicidade.
A curadoria dos autores convidados para esta seção é feita por Helena Galante. Para sugerir um tema ou autor, escreva para hgalante@abril.com.br.
Publicado em VEJA São Paulo de 27 de outubro de 2023, edição nº 2865