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Bem-estar na veia

Descubra alguns hábitos especialmente bem-vindos para a liberação de hormônios da felicidade

Por Tatiana Vilasboas, em depoimento a Helena Galante
20 Maio 2022, 06h00
Rosa amarela em fundo verde
Rosa amarela (GettyImages/Reprodução)
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Alguns hábitos simples podem aumentar a liberação dos chamados hormônios da felicidade na corrente sanguínea. Fazem parte dessa lista a endorfina, a dopamina, a serotonina e a ocitocina, que ainda combatem o estresse e a ansiedade.

Elas são neurotransmissores, ou seja, substâncias liberadas pelos neurônios que são responsáveis pela comunicação das células do sistema nervoso e são acionadas em situações específicas. A forma como levamos a vida tem muita influência sobre essa ação.

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Ter o corpo e a mente focados naquilo que estamos fazendo e aproveitar os pequenos momentos do cotidiano são atitudes muito importantes. O mesmo vale para descansar e prestar atenção às suas necessidades, encontrando tempo no meio da correria do dia a dia para cuidar de si e fazer atividades de que gosta. Alguns hábitos são especialmente bem-vindos para levar à liberação desses neurotransmissores. Confira.

Tomar sol. A luz solar estimula a produção e a liberação de diversas substâncias benéficas em nosso organismo. entre quinze e vinte minutos já é possível gerar um impacto positivo, e o uso de protetor solar não atenua esse efeito.

Meditar e orar. Não são necessárias horas. A prática diária de alguns minutos já apresenta resultados positivos.

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Tomar banho frio em rios, lagos ou cacheiras. O choque térmico e o contato com a natureza é uma dupla que garante muito bem-estar.

Praticar atividades físicas intensas. Em resposta à escassez de oxigênio durante a produção de energia nos músculos, é estimulada a liberação de endorfinas. A prática esportiva também melhora o fluxo cerebral, propiciando o aporte de nutrientes e as trocas gasosas, o que ajuda na preservação das conexões cerebrais e retarda o envelhecimento do cérebro.

Dormir. A privação do sono tende a diminuir a conexão da endorfina com os receptores que controlam a sensação de prazer. Assim, uma noite bem-dormida pode propiciar o melhor aproveitamento da substância.

Sair com familiares ou amigos. Um programa em boa companhia e as interações sociais positivas têm potencial para liberar esses neurotransmissores no organismo, atuando na mesma área do cérebro ligada ao efeito de drogas.

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Cuidar da dieta. Alguns itens como chocolate, pimenta, aveia, sementes de abóbora e girassol têm entre seus componentes precursores da endorfina. Além disso, estudos já demonstraram que a estimulação de receptores da endorfina aumenta após a ingestão de alimentos que apreciamos, mas é importante sempre preferir opções mais naturais e saudáveis.

Abraçar demoradamente. Pesquisadores demonstraram que abraços demorados têm potencial para estimular a liberação de ocitocina no cérebro. esse ato é especialmente recomendado para crianças, que podem crescer com sensação de acolhimento. A ocitocina é um hormônio liberado durante o trabalho de parto em níveis elevadíssimos e, junto com a prolactina, favorece o acolhimento e o carinho da mãe pelo recém-nascido.

Ter relações sexuais. Evidências científicas já demonstraram que o corpo é gradativamente tomado por ocitocina durante uma relação sexual. O processo começa com os primeiros estímulos táteis e atinge o nível máximo durante o orgasmo.

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Estabelecer metas e lutar por elas. A dopamina é liberada quando se atinge um objetivo. Ao transformar uma meta de longo prazo em pequenas metas de curto prazo promovemos um aumento da dopamina ao longo do caminho. também podemos nos propor a realizar metas simples, como arrumar a cama diariamente, tentar uma
nova receita, ler um livro por mês ou aprender uma nova língua.

Reforçar o sistema antioxidante. Por ser facilmente oxidada, a ação da dopamina é maior quando estamos com o sistema antioxidante fortalecido. Uma dieta rica em betacaroteno, vitamina c, vitamina e e minerais auxilia na produção dos antagonistas dos radicais livres.

Tatiana Vilasboas posa sorrindo, com uma roupa branca
Tatiana Vilasboas é neurocirurgiã da Pineapple Medicina integrada e incentivadora de hábitos que podem aumentar a liberação de hormônios da felicidade. (Divulgação/Divulgação)

A curadoria dos autores convidados para esta seção é feita por Helena Galante. Para sugerir um tema ou autor, escreva para hgalante@abril.com.br

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Publicado em VEJA São Paulo de 25 de maio de 2022, edição nº 2790

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