Quando janeiro vai chegando ao fim, é hora de voltar à rotina. Mas isso não significa necessariamente almoçar a mesma coisa de sempre, no mesmo lugar de sempre. Se você trabalha no centro, escolha uma quinta-feira para provar o delicado nhoque do Café da Sogra (Rua Senador Feijó, 163).
O lugar é simples, com ventiladores funcionando a todo vapor no teto, mas vive lotado de engravatados. É gente que circula pela região da Sé, em geral juristas — não à toa quem me levou ali foi um advogado — e que bate ponto por lá na hora do almoço.
Preparada lá mesmo, massa de batatas parece caseira — receita da nonna, sabe? A porção bem-servida ao molho de tomates na companhia de um filé de peixe, de frango ou carne assada custa R$ 17,50. Quem preferir, pode trocar o grelhado por molho à bolonhesa ou de calabresa moída. Mas, lembre-se: o prato só entra em cartaz às quintas.
Nos demais dias da semana, outras especialidades marcam presença no cardápio: segunda tem virado à paulista; terça bife à rolê; às quartas há feijoada; e às sextas pescados. Tudo isso pelos mesmos R$ 17,50.
Apesar da grande estrela do cardápio ser o nhoque, os proprietários não são italianos. Imigrantes portugueses, os irmãos Daniel, Manoel e Dalmo Caldas comandam o pedaço desde 1971. Eles estão sempre no salão, seja servindo as mesas ou cuidando do caixa.
Na hora de fazer o pedido ou de pagar a conta, vale a pena puxar papo com eles. Só não entre no assunto futebol com esse trio de torcedores da Portuguesa, ou a conversa será longa!
S.B.
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