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Cidade das Crianças

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Os melhores programas para as crianças e a família espalhados por São Paulo. Por Beatriz Imagure (beatriz.imagure@abril.com.br)

Sebastião Salgado para crianças

Penso que programa infantil ideal é aquele que envolve toda a família. E quando digo “envolver” quero dizer cativar mesmo, integrar. Quem é pai ou mãe sabe: os pequenos gostam muito mais de fazer coisas das quais os pais participem – e até por isso vivem chamando a atenção quando estão em atividades só deles. […]

Por VEJA SP
Atualizado em 26 fev 2017, 23h27 - Publicado em 25 nov 2013, 15h49
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Penso que programa infantil ideal é aquele que envolve toda a família. E quando digo “envolver” quero dizer cativar mesmo, integrar. Quem é pai ou mãe sabe: os pequenos gostam muito mais de fazer coisas das quais os pais participem – e até por isso vivem chamando a atenção quando estão em atividades só deles.

Com isso em mente, muitas vezes deixo de lado programações essencialmente infantis e busco um passeio que possa agradar verdadeiramente a nós adultos e que tenha o poder de despertar algum interesse nas crianças. A linha de pensamento é simples: se estivermos empolgados, eles provavelmente também vão ficar.

Foi assim quando fomos até o Sesc Belenzinho para ver a mostra Genesis, de Sebastião Salgado. Diante dos nossos “nossa”, “olha isso” e afins, nossa filha de três anos fixou seus olhinhos nas grandes imagens dispostas pela área externa da unidade e manteve o mesmo interesse quando circulamos pelas outras três salas que reúnem retratos e paisagens captadas pelo famoso fotógrafo brasileiro em suas andanças por locais pouco explorados do globo.

(Foto: Milena Emilião)
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Painel de Genesis, em exposição no Sesc Belenzinho: imagens que impressionam — inclusive os pequenos (Foto: Milena Emilião)

Além do impacto visual, as impressionantes fotografias abrem espaço para abordar um monte de temas, que podem ficar até bem cabeludos dependendo da idade da criança: que animais são aqueles? E aquelas pessoas? Por que têm o queijo furado? Por que pintam o corpo? Por que andam pelados? Onde fica esse lugar onde só tem areia? Foram algumas das várias dúvidas da minha filha que aproveitei para explicar – dentro das suas possibilidades de compreensão, claro – um pouco da diversidade de vida, dos outros tipos de comunidades e das muitas coisas feias que nós, homens brancos, andamos fazendo com tudo isso.

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Ela gostou tanto que nem ligou muito quando dissemos que já estava na hora do teatro começar – a ótima peça Alice No Pais das Maravilhas, da cia Le Plat Du Jour, que, pena, já saiu de cartaz da unidade.

Quem ainda não viu a exposição, aproveite que ela fica no Sesc Belenzinho até domingo (1o). Uma boa é também conferir a programação infantil e fazer uma dobradinha com alguma oficina ou teatro – mas não deixe de reservar ao menos 1h30/2h para a exposição (se o seu pequeno for daqueles que se cansa logo, leve um carrinho que o deslocamento por ali é fácil. Nosso caçula de 11 meses, que não deu muita bola para o Sebastião Salgado, dormiu tranquilamente por grande parte do período que estivemos por lá).

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