Babatchu: um paraíso de brinquedos em São Paulo
A loja tem casa na árvore, foguete, espaços interativos e 9 000 itens à venda

Em uma casa discreta da Água Branca, a Babatchu é uma loja de brinquedos que muitos chamam de “um paraíso das crianças”. Carolina Variz, 41, idealizou o espaço, que carrega um nome de significado especial: foi inventado por um de seus filhos, que hoje tem 11 anos, quando ainda era pequeno, para se referir a coisas desconhecidas por ele. “Esse projeto começou há mais de uma década. Queria um lugar onde as pessoas pudessem levar suas crianças para se divertir com brinquedos que não fossem tão óbvios, diferentes dos encontrados em lojas convencionais”, explica.

Com uma seleção de produtos que começou a ser feita muito antes de a Babatchu surgir — Carolina passou anos comprando e “testando” brinquedos para selecionar quais marcas seriam mais interessantes para seu negócio —, o empreendimento, aberto em outubro de 2024, ocupa dois andares, 700 metros quadrados, e hoje oferece mais de 9 000 itens para a garotada de até 14 anos. Para se transformar na Babatchu, o espaço foi totalmente reformado, com obras iniciadas em 2021 e concluídas no ano passado. O projeto arquitetônico da Be.Bo Arquitetos traz quartos decorados no piso superior, criados por Hana Lerner.
Brinquedos de madeira predominam no acervo. Uma feirinha de frutas e legumes desse material, a 219 reais, permite às crianças fazer sua seleção de alimentos com minissacolinhas. Além disso, imitações de eletrodomésticos como máquina de lavar, geladeira e cozinhas com pias e fogões também estão à venda.

Um mundo encantado é revelado por lá: há uma casa na árvore, um foguete que simula viagens ao espaço, uma área com bichos de pelúcia onde dá para brincar de veterinário. Tem ainda personagens fictícios que fazem parte da identidade da marca — como o Dr. Clovinho, intérprete que, através de um grande painel de televisão, traz histórias sobre o Brasil e suas culturas. Há ainda itens como livros, jogos, material de papelaria, material para festas e fantasias. “O tempo médio de permanência das pessoas aqui é de quatro horas”, afirma Carolina.
A Babatchu também coloca os pais e cuidadores no jogo. Enquanto as crianças se divertem — sozinhas ou com a ajuda dos atendentes, os adultos podem tomar um café na D’Macarons, instalada na casa. “A Babatchu é muito interessante, é uma loja que desperta a curiosidade das crianças”, diz Octavio Gonçalves, pai do Gabriel, 3. Seja para comprar ou apenas brincar.
Babatchu
Dona Germaine Burchard, 418, Água Branca, WhatsApp 96284-5341. Tem acessibilidade.
Publicado em VEJA São Paulo de 11 de abril de 2025, edição nº 2939.