Uma coisa chata que acontece com frequência nas corridas de rua é ver um atleta participando e aproveitando a estrutura da prova sem ter feito a inscrição. É o chamado “pipoca”. O assunto é sério e vale a reflexão. Com a palavra, o professor Cesar Augusto de Oliveira:
“Você já entrou em alguma festa na qual não foi convidado? Se sim, qual foi sua cara ao encontrar o dono da festa, sabendo que ele sabe que você não deveria estar lá?
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É assim que você deve – ou deveria se sentir – quando vai a uma prova sem ter feito a inscrição. Correndo sem número, pegando água da organização, tentando ganhar a medalha no final de prova, você faz com que o evento fique mais lento pelo maior número de corredores, mais caro no próximo ano e assim por diante.
As desculpas vão várias: “A prova está um absurdo de cara”, “a rua é pública”, “tinha um treino e vim fazer”; “mas eu nem peguei água”. Seja lá qual for o motivo que queira dar, você não deveria correr sem número, sem ter inscrição.
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Você faz parte de tudo aquilo que reclamará em uma próxima competição que participar: “Faltou água”; “a organização estava uma zona”; “prova muito cheia”. Pois saiba que a culpa também é sua!
Sempre oriento meus alunos e por vezes chego a discutir com alguns por conta desse assunto. Às vezes, me pergunto se estou sendo exagerado ou duro demais. Mas chego à conclusão que não.
Reclamamos de um país de impunidade, de falta de educação, de corrupção. E queremos melhorar tudo isso. Mas será que todo mundo quer mesmo? Se olharmos o que essas pessoas conhecidas como pipocas fazem, acho muito difícil estarmos indo na direção certa. Já estive em muita prova fora do Brasil, especialmente nos Estados Unidos e na Europa. E lá praticamente não vemos pipocas em provas.
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Fez a inscrição da prova, boa prova! Não fez, vai treinar no parque, próximo da sua casa ou na academia – menos na prova.”