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“Vou Rifar Meu Coração”

Por Miguel Barbieri Jr. O documentário perde uma boa oportunidade de explorar culturalmente o cancioneiro brega nacional. À deriva, o roteiro segue em duas direções: entrevista cantores emblemáticos, como Nelson Ned e Amado Batista, e busca romances de anônimos em Sergipe e Alagoas, que foram embalados por canções como “Sonhos” (Peninha), “Vou Tirar Você Deste […]

Por VEJASP
Atualizado em 27 fev 2017, 13h39 - Publicado em 3 ago 2012, 10h36
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Por Miguel Barbieri Jr.

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“Vou Rifar Meu Coração”: histórias de anônimos embaladas pelo cancioneiro brega brasileiro

O documentário perde uma boa oportunidade de explorar culturalmente o cancioneiro brega nacional. À deriva, o roteiro segue em duas direções: entrevista cantores emblemáticos, como Nelson Ned e Amado Batista, e busca romances de anônimos em Sergipe e Alagoas, que foram embalados por canções como “Sonhos” (Peninha), “Vou Tirar Você Deste Lugar” (Odair José) e “Moça” (Wando). Quase não há liga entre os assuntos. Se os depoimentos dos artistas se sustentam no óbvio, há algo mais caloroso e vivo nas histórias populares — surpreendem os casos do marido bígamo e das duas prostitutas que se casaram com clientes. Wando (1945-2012) e o egocêntrico Agnaldo Timóteo também dão pitacos sobre o tema. Presença mais duvidosa é a de Lindomar Castilho. Embora ícone brega (é dele “Eu Vou Rifar Meu Coração”), o cantor matou sua ex-mulher, Eliane de Grammont, em 1981, foi condenado a doze anos de prisão, cumpriu dois em regime fechado, dois no semiaberto e hoje ainda faz pose de macho ciumento.

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