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“Um Dia”

Por Miguel Barbieri Jr. Um dos mais festejados autores da cena literária britânica, o roteirista inglês David Nicholls fez de seu terceiro livro um best-seller. A fórmula simples, porém original, do romance “Um Dia” chamou a atenção de produtores e virou um longa-metragem com uma dupla de protagonistas fofos. Mas não se trata daquelas manjadas […]

Por VEJASP
Atualizado em 27 fev 2017, 12h49 - Publicado em 2 dez 2011, 16h43
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  • Por Miguel Barbieri Jr.

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    Drama romântico ”Um Dia”: Anne Hathaway interpreta a sonhadora e engajada Emma

    Um dos mais festejados autores da cena literária britânica, o roteirista inglês David Nicholls fez de seu terceiro livro um best-seller. A fórmula simples, porém original, do romance “Um Dia” chamou a atenção de produtores e virou um longa-metragem com uma dupla de protagonistas fofos. Mas não se trata daquelas manjadas histórias que Hollywood despeja nos cinemas para comover facilmente as plateias. A riqueza do drama romântico encontra-se, sobretudo, em suas entrelinhas. Colegas de universidade em Edimburgo, na Escócia, Emma (Anne Hathaway, de “Amor e Outras Drogas”) e Dexter (Jim Sturgess, de “Across the Universe”) tornam-se mais próximos em 15 de julho de 1988, logo após a formatura. A partir daí, o roteiro, de autoria do próprio Nicholls, vai focar apenas a mesma data pelos próximos vinte e poucos anos. Há uma paixão mal resolvida entre os personagens. Embora eles se sintam atraídos, Emma é muito diferente de Dexter, um playboy sustentado pela família que foi descobrir o dolce far niente na Europa. Batalhadora, ela tornou-se garçonete em Londres para sobreviver. Ao longo do tempo, acompanham-se as transformações. Emma dá início a um desajeitado namoro com um colega de trabalho (Rafe Spall), enquanto Dexter, de mulher em mulher, vira um patético apresentador de uma atração de TV. Os reencontros, pouco forçados, surgem também do acaso. Bons retratistas, David Nicholls, de 45 anos, e a diretora dinamarquesa Lone Scherfig (de “Educação”) captam bem o espírito das épocas através das mudanças de comportamento, de penteados e figurinos emblemáticos. O enredo, contudo, está longe de ser meramente decorativo. Concentra-se nas escolhas erradas e, principalmente, na negação do amor a frustração dos protagonistas. Assim como o sotaque da atriz americana Anne, ridicularizado pela crítica britânica, o desfecho, além de ser incoerente com o clima romântico proposto inicialmente pelo filme, talvez não agrade a todos. Mas, até chegar a ele, os espectadores terão se envolvido muito com a trama.

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