Por Miguel Barbieri Jr.
O documentário esportivo focado em times de futebol chega ao extremo da limitação. Apesar de tratar de uma das mais importantes consagrações do tricolor paulista (o tricampeonato no Mundial de Clubes da Fifa de 2005), o filme se restringe aos dois embates que levaram o São Paulo ao título. Não existe assunto nem material suficientes para um longa-metragem — ao contrário de “Todo Poderoso — O Filme”, que comemorava o centenário do Corinthians, e de “Soberano”, sobre a vitória em seis campeonatos brasileiros do São Paulo. A empreitada da dupla de realizadores (a mesma do primeiro “Soberano”) cai na redundância, seja de imagens, seja de depoimentos. Além de cenas excessivas das partidas contra o Al-Ittihad, da Arábia Saudita, e o temido Liverpool, jogadores e fãs chovem no molhado para expressar suas emoções. Imagens de amadores flagradas no estádio de Yokohama, no Japão, trazem certo diferencial, assim como a declaração de um único torcedor inglês dizendo que o triunfo são-paulino foi “arranjado”. Embora Raí e Lugano relembrem momentos importantes, o goleiro Rogério Ceni, figura fundamental da conquista, dá a declaração mais comovente. Grande goleiro, Ceni, este, sim, mereceria um registro à parte.
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