Por Miguel Barbieri Jr.
A trilogia de livros do escritor sueco Stieg Larsson (1954-2004) já havia sido adaptada pelo cinema de seu país. No Brasil, só foi lançado, em 2010, o primeiro longa-metragem, que deu origem a esta refilmagem americana dirigida por David Fincher, de “A Rede Social”. Quem viu o original vai notar pequenas alterações, sobretudo no desfecho. Contudo, a estrutura narrativa do drama policial está intacta. Embora o filme tenha um epílogo esticado e uma resolução mais morna do que a da fita sueca, Fincher tem timing e faro para envolver a plateia. Sabe-se lá o motivo, mas a história continua ambientada na Suécia e com atores falando inglês. Daniel Craig vive Mikael Blomkvist, um repórter que caiu em desgraça após ter sido processado por um empresário, difamado por ele na revista “Millennium”. A fim de sair de cena por um tempo, ele aceita uma missão investigativa: contratado pelo rico industrial Henrik Vanger (Christopher Plummer), o jornalista deverá descobrir o paradeiro de Harriet, uma sobrinha dele, desaparecida quando tinha 16 anos na década de 60. Tateando em terreno misterioso e inseguro, cercado por dissimulados familiares de Vanger, Blomkvist vai precisar de ajuda. Quem deve socorrê-lo é Lisbeth Salander. A personagem, uma hacker tatuada, lésbica e de comportamento inconstante, é interpretada por Rooney Mara, que concorre ao Oscar de melhor atriz — o filme ainda teve quatro indicações a prêmios técnicos.
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Avaliação: ✪✪✪