Por Miguel Barbieri Jr.
O diretor francês não primou pelo bom gosto nem em “O Pornógrafo” (2001) nem em “Tirésia” (2003), seus dois longas-metragens exibidos por aqui. Em seu novo drama, projetado no último Festival de Cannes, Bonello traz sofisticação à belíssima recriação de época, mas chove no molhado ao focar o mundo da prostituição. Na Paris do início do século XX, o bordel L’Apollonide está com os dias contados. As acompanhantes fazem seus programas, discutem entre si as relações com a clientela e procuram distração em ambiente movido a álcool e perversões. A mais prejudicada delas é Madeleine (Alice Barnole). Após ser amarrada na cama por um cliente, tem seus lábios cortados por uma navalha e fica com um sorriso à la Coringa. Mesmo marcada, continua na batalha. Arrastada, a trama tem um desfecho tão anêmico quanto seu desenrolar.
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Avaliação: ✪✪