Por Miguel Barbieri Jr.
A Academia de Hollywood soube reconhecer: a maior atração do drama é a atuação de suas atrizes. Enquanto Viola Davis concorre ao Oscar principal, Octavia Spencer e Jessica Chastain disputam a estatueta de coadjuvante. A fita também está no páreo para melhor filme. Adaptado do livro “A Resposta”, de Kathryn Stockett, o longa-metragem traz à tona um tema já abordado no cinema, mas quase engolido pela indústria de blockbusters. Trata-se aqui de um registro humano e comovente da convivência entre brancos e negros no racista estado do Mississippi da década de 60. A jovem repórter Skeeter (Emma Stone) quer tornar-se escritora e arranja um assunto bombástico para seu primeiro livro. Às escondidas, ela quer entrevistar domésticas e babás negras para relatar algumas das desagradáveis experiências vividas por elas junto aos patrões. A primeira a ajudá-la é Aibileen (Viola Davis). Em seguida, Skeeter consegue o depoimento da explosiva Minny (Octavia). Mais do que as histórias delas, às vezes frustrantes do ponto de vista emocional, o enredo enfoca a vida fútil das dondocas brancas recorrendo a clichês. Destaca-se nesse retrato apenas correto e burocrático a relação de Minny com a espevitada Celia (Jessica), uma mulher à frente de seu tempo.
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