Por Miguel Barbieri Jr.
Na falta de novos roteiros, Hollywood anda reciclando as fitas das décadas de 80 e 90 em refilmagens dispensáveis, entre elas as de “A Hora do Espanto” e “Conan, o Bárbaro”. O remake aqui é o da ficção científica “O Juiz”, estrelada por Sylvester Stallone em 1995. De armadura e capacete em tempo integral, o neozelandês Karl Urban (“Padre”) assume o papel principal. Ele é Dredd, um dos juízes que, no futuro, tem o poder de julgar bandidos na hora do crime e, se condenados, de executá-los na sequência. A região em torno de Nova York virou um antro de marginais. Num complexo de apartamentos decadentes, a ex-prostituta Ma-Ma (Lena Headey) virou uma poderosa traficante. Dredd vai até lá para resolver um caso de triplo homicídio e, acompanhado de uma novata (papel de Olivia Thirlby), prende um dos capangas de Ma-Ma. A partir daí, a vilã manda fechar todas as saídas do local e convoca os moradores a caçar Dredd e sua parceira. Diretor do engenhoso “Ponto de Vista” (2008), Pete Travis não economiza na violência explícita com direito a corpos decepados e tiroteios ensurdecedores. Embora tenha um clima de tensão permanente e uma original visão apocalíptica do amanhã, a fita se vale de estereótipos para dividir os bons e os malvados sem nenhuma sutileza.
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