Por Miguel Barbieri Jr.
Desde seu filme anterior, “Um Método Perigoso”, o diretor canadense se apegou a um tipo de “cinema falado”, plugado em enredos complexos e narrativa emperrada. O auge se dá com este drama futurista que tem estilo e excentricidades em meio a muito blá-blá-blá. Robert Pattinson, o vampiro da saga “Crepúsculo”, arrisca-se num papel mais denso interpretando Eric Packer, um bilionário do mundo das finanças de Nova York. No dia em que o presidente americano passa pela cidade, ele insiste em cortar o cabelo longe de sua região. Seu segurança o alerta para os perigos que podem ocorrem durante o trajeto, como protestos violentos e tentativas de assassinato. Assim como o roteiro, ajornada, a bordo de uma limusine, será acidentada. Casado com uma ricaça com quem não se dá bem, Packer tem tudo dentro do carro: de um banheirinho particular a um espaço para transar (com a personagem de Juliette Binoche). Em sua crítica ao capitalismo selvagem, Cronenberg peca pelo excesso de ideias e palavras, mas acerta na concepção visual quase arrebatadora. Enquanto o veículo se desloca lentamente pelas ruas de Manhattan, ações dentro dele rolam soltas. Com Paul Giamatti, Samantha Morton e Mathieu Amalric.
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