Por Miguel Barbieri Jr.
Tintim é um personagem criado pelo belga Hergé (1907-1983) no fim da década de 20, muito mais famoso na Europa do que nos Estados Unidos. Por isso, Spielberg só foi conhecê-lo já adulto. Agora, numa parceria com o diretor neozelandês Peter Jackson (“O Senhor dos Anéis”), adaptou algumas histórias do protagonista para esta animação. O processo de filmagem foi o mesmo usado em fitas como “Os Fantasmas de Scrooge”. A performance capture, ou “captura de atuação”, grava as cenas com os atores e, em seguida, os animadores fazem seu trabalho. Com resultado técnico fabuloso, o desenho tira um pouco da fantasia do original para investir numa trama agitada, não à toa aos moldes da cinessérie Indiana Jones. Dotado de um senso investigativo, o rapazinho Tintim (Jamie Bell) trabalha como repórter e, ao comprar a réplica em miniatura de um antigo galeão, passa a ser perseguido por um misterioso sujeito também interessado na relíquia. A partir daí começa a aventura do protagonista, que, ao lado do esperto cãozinho Milu, embarca num navio rumo ao Marrocos, onde conhece o beberrão capitão Haddock (Andy Serkis). Embora o ritmo caia em alguns momentos, Spielberg imprime sua marca de ação, sobretudo em dois momentos: na sequência dentro de um avião e na espetacular fuga de Tintim num vilarejo marroquino.
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