Por Miguel Barbieri Jr.
Por sua estreia como diretor em longa-metragem, nota-se que o ator Mathieu Demy não herdou o talento de seus pais. Filho dos cineastas Jacques Demy (1931-1990), do clássico musical “Os Guarda-Chuvas do Amor”, e Agnès Varda, Mathieu recorre a clichês do cinema americano, embora queira tratar de um tema autoral. O realizador interpreta neste drama o personagem feito por ele, ainda criança, em “Documenteur”, trabalho semidocumental dirigido por sua mãe em 1981. Martin tem uma relação desgastada com a mulher (Chiara Mastroianni) e deixa Paris em direção a Los Angeles. Motivo: sua mãe morreu e deixou como herança uma casa na cidade. Recebido pela amiga dela, Linda (Geraldine Chaplin), o protagonista precisa decidir para quem vai deixar o imóvel. Surge, então, o nome de Lola. Ela seria uma aproveitadora ou uma pessoa em quem sua mãe confiava muito? Até aí, a trama segue sem tropeços e certo interesse. Quando Martin decide ir atrás de Lola (Salma Hayek) num inferninho em Tijuana, no México, a história desanda e encontra um desfecho previsível e novelesco. Também fica difícil aguentar as atitudes equivocadas de um personagem tão banana, interpretado por um ator/diretor apático.
+ Os melhores filmes em cartaz; salas e horários
AVALIAÇÃO ✪✪