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“A Invenção de Hugo Cabret”

Por Miguel Barbieri Jr. Assim como a comédia francesa “O Artista”, esta aventura juvenil também faz uma bela homenagem ao cinema mudo. Não à toa, ambas disputam o maior número de prêmios no Oscar, que ocorre no domingo (26). A fita de Scorsese é a recordista do ano: compete em onze categorias, incluindo melhor filme, […]

Por VEJASP
Atualizado em 27 fev 2017, 12h41 - Publicado em 16 fev 2012, 23h50
HUGO
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Por Miguel Barbieri Jr.

HUGO

“A Invenção de Hugo Cabret” primeira investida de Martin Scorsese no 3D

Assim como a comédia francesa “O Artista, esta aventura juvenil também faz uma bela homenagem ao cinema mudo. Não à toa, ambas disputam o maior número de prêmios no Oscar, que ocorre no domingo (26). A fita de Scorsese é a recordista do ano: compete em onze categorias, incluindo melhor filme, direção e roteiro adaptado (do livro homônimo de Brian Selznick). Se o principal concorrente ganha pontos pela originalidade na criação, o trabalho de Scorsese prima por um visual de época esplêndido. Há, contudo, um probleminha de ritmo, que pode aborrecer a criançada. Depois de uma magnífica abertura sem diálogos, o roteiro demora a chegar ao tema central. Na trama, Hugo Cabret (Asa Butterfield), um menino órfão, mora numa estação de trem na Paris da década de 30. Vivendo de furtos e dormindo no pavimento dos grandes relógios do local, sempre consegue escapar de um inspetor (Sacha Baron Cohen). Seu pai (Jude Law) deixou-lhe um caderninho com instruções para fazer um robô funcionar. Mas, ao ser capturado pelo velho Georges (Ben Kinsley), dono de uma loja de brinquedos, Hugo tem o objeto confiscado. Contando com a ajuda da filha adotiva de Georges (papel de Chloë Grace Moretz), o protagonista embarca numa missão para desvendar alguns mistérios. Se Scorsese cumpre tabela na primeira parte, na segunda faz aflorar seu lado cinéfilo. Além de imagens dos filmes de Buster Keaton, Charles Chaplin, Harold Lloyd e até dos irmãos Lumière, precursores do cinema, o realizador traz à tona de forma tocante o fim da vida (ficcional) do diretor Georges Méliès (1861-1938). Usar a técnica 3D em clássicos de Méliès, como o ousadíssimo “Viagem à Lua” (1902), é algo tão genial que só poucos cineastas, como o inquieto Scorsese, poderiam imaginar e pôr em  prática.

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Avaliação: ✪✪✪

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