O livro Dez Bons Conselhos de Meu Pai, de João Ubaldo Ribeiro, traz ensinamentos que ele aprendeu com o pai, sem que este nunca lhe dissesse que o estava ensinando. Aprendeu na convivência. Muitas vezes não nos damos conta do que estamos aprendendo em determinado momento, mas, com o tempo, vamos percebendo a importância.
Ao ser questionado sobre seu pai, o artista Maxwell Alexandre me contou que ele era pintor de carros e geladeiras, e que cresceu na oficina do pai, lembra do cheiro de tinta. “Só me liguei disso mais tarde, de como tinha a ver com meu ateliê”, conta.
O artista acaba de se tornar pai de Goia, de 2 meses, que está subvertendo sua rotina. “Meu maior medo quando eu era mais novo era ter uma vida comum, isso me dava agonia. Queria viver com aventura, incerteza, experimentar. Mas parece que agora minha vida virou”, diz.
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Sua mulher, Raissa, conta que está surpresa com o nascimento desse pai. “Ele está sendo muito carinhoso. Formamos uma família e o Maxwell é muito parceiro.”
As repórteres Ana Mércia Brandão e Laura Pereira Lima trazem pais e artistas que estão trabalhando a paternidade no teatro, no cinema, nas redes e o psicanalista Marcus Quintaes, com mais de três décadas de experiência profissional, para entender a grande transformação que os pais estão vivendo na sociedade.
Destacamos dois espetáculos em São Paulo: o sempre subversivo Ney Matogrosso, com grande estreia no dia 10, no Allianz Parque, e Adriana Calcanhotto, intimista, no Blue Note.
Um brinde aos papais e às nossas meninas de ouro, as campeãs olímpicas paulistas Beatriz Souza e Rebeca Andrade, que ganham uma homenagem na Mural SP, Realeza, feita para a Vejinha por Rapha Baggas. Tim-tim!
Alice Granato,
redatora-chefe.
Publicado em VEJA São Paulo de 9 de agosto de 2024, edição de n° 2905