Nem mesmo eles acreditam, mas o Planet Hemp já tem trinta anos. Uma história construída com discurso contestador e coerente com o repertório. Em um momento em que o STF estabelece que portar até 40 gramas de maconha não configura mais infração penal, hits da banda como Legalize Já e Mantenha o Respeito ganham ainda mais expressão.
Eles não comemoram tanto, pois acreditam que ainda falta avançar muito, mas reconhecem que foi dado “um passo à frente”, como afirma Marcelo D2. O grupo comemora as três décadas no palco, em um show histórico em São Paulo, que vai virar álbum, com convidados como Criolo, Emicida e Seu Jorge.
Quem conta tudo com propriedade é o tarimbado jornalista Pedro Só, especializado em música, que fez a primeira matéria com a banda quando tinha 25 anos, para o Jornal do Brasil.
“Quando eles começaram, tudo era mato. É bonito ver essa grande floresta agora”, diz Pedro.
Trazemos ainda nesta edição dois grandes mestres: em entrevista às Amarelinhas, o ator Marco Nanini (que reestreia uma peça em São Paulo) destaca a importância do humor em sua trajetória; e, estampando a Mural SP, com sua obra magnífica e representativa da Geração 60 e da pop art, o artista plástico Claudio Tozzi.
E, como a gente quer diversão e arte, uma matéria completa sobre o Cirque du Soleil, que chega hoje (5) ao Parque Villa- Lobos. No mais perfeito clima de inverno, com acrobacias surpreendentes em uma pista de patinação no gelo, vai conquistar o público de todas as idades.
Publicado em VEJA São Paulo de 5 de julho de 2024, edição nº 2900