Há 26 anos, escrevi uma reportagem para VEJA sobre a gravidez perto dos 40. Ali, a tendência de engravidar mais tarde estava ganhando força. Fiz uma capa sobre o tema, que falava dos perigos e dos avanços da gravidez após os 35 anos.
Na época, sob o comando do jornalista e escritor Laurentino Gomes, então editor-executivo da revista, reunimos várias personagens para contar suas experiências (veja na foto abaixo). Essa matéria antecipou uma tendência que se firmou ainda mais com o passar dos anos e, em vez dos 40, a gravidez ficou ainda mais tardia, perto dos 50.
Eu era uma jovem repórter, com 26 anos, e só fui ser mãe aos 39, do meu primeiro filho, o Valente, e aos 42, do segundo, o Benício.
Nesta edição, apresentamos outras questões, sobre as diversas formas de maternar — temas como óvulos congelados, fertilização in vitro, mães LGBTQIA+, adoção, barriga de aluguel —, mostrando os caminhos abertos à maternidade. Fico muito feliz de realizar essa matéria de comportamento, que traz um retrato dos novos tempos.
A capa dupla foi feita em parceria com a marca Animale, que cuidou do estilo das mães para a matéria. Como mãe e mulher, é uma alegria imensa observar os progressos e as diversas conquistas de espaço ao longo dessas décadas.
Que esse processo seja cada vez mais livre, bonito e acolhedor para todas as mães. Parabéns, feliz dia e boa leitura!
Capa: Catarina Ribeiro (fotografia), Mana Bernardes (espiral e caligrafia), João Augusto e Daniel Mastalir (assistência de foto), Murillo Mendes (montagem da capa) e Kariny Grativol (produção executiva).
Publicado em VEJA São Paulo de 10 de maio de 2024, edição nº 2892.