A cantora Maria Rita é considerada “de casa” na escola de samba Vai-Vai. Desfilou pela primeira vez em 2008, quando ganhou o título de madrinha de compositores e, em 2011, saiu à frente da bateria. Nada, porém, que a preparasse para cruzar no Anhembi com um enredo dedicado à própria mãe. Elis Regina morreu há 33 anos, quando Maria Rita tinha apenas 4 anos.
A herdeira da “Pimentinha” faz suspense sobre sua participação no desfile. O blog apurou, no entanto, que deve caber a ela a tarefa de cantar o trecho de “Maria, Maria” antes da agremiação entrar na avenida. Os irmãos João Marcelo Bôscoli e Pedro Mariano também estão confirmados no sambódromo. A Vai-Vai é a penúltima escola a desfilar no sábado (14).
A seguir, Maria Rita fala sobre o assunto:
Como você se sente com esta homenagem da Vai-Vai?
Desde pequena fico fascinada com toda a movimentação da comunidade em prol de um único dia. Mas daí vem uma escola tradicional e faz esse reconhecimento a minha mãe, 33 anos depois. Eu fico até fraca de tão emocionada. Estou avisando que vou chorar, vou chorar muito. Eu já estou chorando à toa.
Você já se emocionou muito durante a escolha do samba…
Esse samba tem uma linguagem e uma inteligência emocional que, quem ouve, decora e se envolve. Especialmente na parte do “Ah! Hei! Ah Hei!”. Eu vivo de música e sei quando ela vai funcionar. E esse samba pega todo mundo pelo coração.
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O enredo da Vai-Vai fez o público mudar a relação que tem com sua mãe?
As pessoas sempre demonstraram carinho. A diferença é que agora envolveu uma comunidade inteira durante um ano. Chegam histórias como a de uma menina de 4 anos que quer saber quem é Elis. Eu fico destruída de felicidade. Minha mãe teve uma vida curta, mas muito rica e intensa. A escola fará jus à mulher que ela foi.
Como será sua participação no desfile?
Não posso falar. É um mistério, mas o Anhembi vai se emocionar. Se não pela minha participação, pela minha emoção.