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Celso Zucatelli lança aplicativo para adoção de animais

"Tinder pet": PetPonto e outros apps sugerem os animais próximos que mais combinam com o perfil do adotante, para dar match

Por Fernanda Campos Almeida
Atualizado em 27 ago 2021, 00h47 - Publicado em 26 ago 2021, 06h00
Em um fundo preto, um homem de terno preto segura um cachorrinho perto ao seu rosto
Celso Zucatelli com Paçoca, de 10 anos (Gustavo Arrais/Divulgação)
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Paçoca, Mandioca e Cafezinho são os três xodós caninos de Celso Zucatelli. Rodeado de animais desde a infância, o apresentador decidiu atender aos apelos de ONGs de proteção animal que passam por dificuldades durante a pandemia. “Aumentou o número de animais abandonados, enquanto as doações diminuíram”, afirma.

Ao lado de cinco sócios ligados à causa animal, Zucatelli resolveu criar um aplicativo que funcionasse como um ponto de encontro gratuito entre as instituições ou protetores e futuros adotantes. O PetPonto (@petpontoapp), lançado nesta quinta (26), funciona a partir de geolocalização, simplificando a descoberta dos animais disponíveis mais próximos.

De um lado, as ONGs fazem o cadastro de gatos e cachorros de acordo com raça, porte, idade e comportamento. Do outro, interessados também criam um perfil — detalhando o tamanho do imóvel, com quantas pessoas moram, se já têm outros pets e que atividades gostam de fazer — para encontrar o match perfeito. De interface mais simples, a plataforma digital MeAudote, lançada em 2018 pelo advogado Francisco Moreira, também tenta mudar o panorama de animais de rua no país.

A avó de Francisco morava ao lado de uma clínica veterinária, local frequentemente usado para abandono de cachorros. Ali resgatou e adotou sua primeira cadela SRD (sem raça definida). Quem cria uma conta no aplicativo pode visualizar diversos perfis de animais, incluindo pássaros e roedores, como se fosse um Tinder. Ainda é possível filtrar se o pet já está castrado e vacinado.

A forte relação com animais fez com que Gabriel Soares fundasse uma rede social para bichinhos. Depois de lidar com a fuga de um de seus cachorros, o profissional de TI criou o app Pet Perfeito para que os donos tivessem uma comunidade ao cadastrar seus bichos. Nele, é possível divulgar animais perdidos, conhecer pets próximos e, claro, adotar.

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“Em um raio de até 10 quilômetros, se aparecer um integrante novo para adoção na plataforma, todos serão notificados”, explica Soares. Criar uma vitrine para animais resgatados também foi a motivação da publicitária Natália Kelbert, quando teve de parar de retirar animais da rua ao se mudar de uma casa para um apartamento e ficar sem espaço. Para continuar ajudando na causa de proteção animal, desenvolveu o site Amigo Não Se Compra (@amigonaosecompra) em 2012.

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“Queria que os animais de abrigos tivessem a mesma visibilidade daqueles em vitrines de pet shops, perfumados e com gravatinhas”, conta. O portal atualmente conta com 30 000 animais cadastrados, a maioria por protetores independentes em São Paulo que são incentivados a descrever o temperamento dos pets para que a combinação de bicho com tutor seja certeira. Devoluções depois de adotar o primeiro animal e não ter compatibilidade são comuns, por isso as plataformas divulgam o máximo de informação sobre os pets. “Adoção responsável é estar ciente de que o animal será seu por, em média, quinze anos e que você deve garantir o bem-estar dele e educá-lo”, finaliza Natália.

“Aumentou o número de animais abandonados, enquanto as doações para as ONGs diminuíram.”

Celso Zucatelli
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Publicado em VEJA São Paulo de 1° de setembro de 2021, edição nº 2753

 

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