Responsável pela ONG Hopet, de São Paulo, Caio Lima fez um desabafo no Facebook nesta quarta (7). Ele enfrenta o mesmo problema que muitos outros protetores de animais: a falta de dinheiro e a necessidade de se dedicar quase integralmente aos pets resgatados.
Desde 2013, quando começou o trabalho na entidade, intermediou a adoção de aproximadamente 300 cães, entregou 60 toneladas de ração para abrigos (boa parte conseguida por doações) e tirou do bolso mais de 60 000 reais para manter as atividades. “O que pesa mais é quanto deixo de ganhar trabalhando”, afirmou ao blog.
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Hoje, Lima tem sete cães sob sua responsabilidade, além de cinco outros em hoteizinhos. Confira o depoimento do ativista:
“Após quatro anos com o Hopet, estou chegando no limite psicológico pra continuar fazendo isso. Minha mãe está com problemas de saúde, abri mão de finais de semana, tentei apoio, patrocínio e mesmo fazendo todo o trabalho não se consegui praticamente nada. Quantas reuniões fiz, quantas apresentações montei, quantas ideias tentei vender e mesmo assim a coisa não anda.
Vou dar um tempo de tudo isso. Coloquei sempre dinheiro do bolso e abri mão de ter um emprego e salário para me dedicar a isso com a esperança de que um dia ia dar certo, mas tá foda. Ano que vem se for fazer algo será em menor volume pois vou me dedicar a mim e, por favor, sem mensagens do tipo ‘força, não desista’ , ‘é só uma fase’ ou qualquer outra coisa. Tentamos, batalhamos, ajudamos, mas agora precisamos cuidar de nós.”
Ele também postou um vídeo no Instagram explicando a situação:
//instagram.com/p/BNzAt8zgnj2/embed/
Na legenda, completou: “Sim, mesmo com grande potencial vamos reduzir nossas atividades. Hopet tem grande força mas infelizmente não conseguimos suporte pra manter essas ações. A ração conseguimos, dinheiro de doação também mas todo o trabalho e custos que têm para isso ainda financio por conta própria. É triste, mas é preciso pois isso está afetando minha vida social e familiar“.