Diferentemente dos humanos, cães e gatos não transpiram pela pele para controlar a temperatura do corpo. Por isso, a dificuldade na hora de se refrescar é maior.
O problema se intensifica nas raças de focinho curto, como os cachorros do tipo pug e os gatos persas, mais suscetíveis à hipertermia (aumento drástico da temperatura corporal). “Eles ofegam para resfriar o corpo porque no nariz há um sistema de refrigeração, que é menor nessas raças”, explica o médico veterinário da PetCare Marcelo Quinzani.
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Os cachorros também tendem a se movimentar e a comer menos no calor. Além de sempre deixar água fresca à vontade, recomenda-se oferecer comida pela manhã e à noite, evitando os horários mais quentes, das 10 às 16 horas.
Segundo Quinzani, esse também é o intervalo que deve ser evitado nos passeios, para não machucar ou ressecar as patinhas.
O uso de protetor solar é indicado antes da exposição ao sol para os animais de pelagem branca, nas partes mais ralas do corpo: pontas das orelhas, nariz e barriga (há produtos específicos para pets).
Já os felinos, que transpiram principalmente pelas almofadinhas das patas, passam a dormir mais, procurando os locais mais frescos. Uma recomendação é deixar um ventilador ou ar-condicionado ligado no ambiente em que geralmente ficam.
Tanto cães quanto gatos de pelos longos podem ser tosados no verão. No caso dos felinos, deve-se evitar os pelos da cabeça e da cauda.
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Publicado em VEJA São Paulo de 9 de fevereiro de 2022, edição nº 2775