Você sabia que sobrepeso também pode prejudicar a qualidade e a expectativa de vida de muitos dos nossos bichinhos de estimação? De acordo com especialistas, o animal é considerado obeso quando ultrapassa 20% do peso ideal. “Além dessa porcentagem, o excesso de peso também pode ser avaliado de acordo com o acúmulo de gordura em algumas regiões principais do corpo, como costelas, base de cauda e região abdominal”, explica a veterinária especializada em Endocrinologia e Metabologia de Cães e Gatos, Camila Canno Garcia, da Petz.
A veterinária Paula Genuíno, colaboradora da Hercosul, avalia que a obesidade compromete a qualidade de vida e longevidade dos pets. “O excesso de peso prejudica a função respiratória, sobrecarrega as articulações dificultando o andar dos animais e ainda leva a distúrbios metabólicos. Além disso, a obesidade pode estar associada a enfermidades graves como hipertensão arterial, diabetes mellitus, pancreatite e outras”, ressalta.
Camila Canno Garcia afirma que não existem muitas diferenças em relação à obesidade em cães ou gatos: “Na verdade, são as consequências da obesidade para cães e gatos que podem variar um pouco. Em gatos, por exemplo, o risco de desenvolver diabete secundário à obesidade é quatro vezes maior do que em cães. Já em cães observam-se doenças articulares com maior frequência”.
O método mais utilizado para diagnosticar a obesidade é o Escore de Condição Corporal (ECC). A partir do exame físico, os estoques de gordura depositados pelo corpo são avaliados.
“É fundamental que o veterinário auxilie nessa avaliação verificando não apenas o peso, mas também observando a circunferência abdominal, apalpando as costelas e identificando a existência de gordura no dorso e/ou início da calda. Após diagnosticada a obesidade, será traçado um plano de emagrecimento para que o pet perca peso de forma equilibrada e saudável”, avalia a veterinária Paula Genuíno.
Como tratar a obesidade pet?
A manutenção do peso adequado do seu bichinho de estimação começa na alimentação saudável, na opinião da veterinária especializada em Endocrinologia e Metabologia de Cães e Gatos, Camila Canno Garcia, da Petz: “O melhor caminho é evitar que o pet se torne sedentário e não oferecer petiscos de forma excessiva. O tutor deve oferecer uma alimentação balanceada, seguindo a quantidade diária recomendada e estimulando o pet a brincar e a praticar atividades físicas”.
Para cães, caminhadas pela manhã ou fim de tarde e estímulo com brinquedos podem ajudar. Já para gatos, distribuir prateleiras, arranhadores, brinquedos e vários potes de comida e água pela casa em locais de difícil acesso estimulam o pet a estar sempre em movimento.
A veterinária Paula Genuíno, da Hercosul, relata que muitos tutores tendem a ser resistentes quando a obesidade é diagnosticada, afinal muitos ainda pensam que pets ‘fofinhos e gordinhos’ são os mais saudáveis. Para se evitar o ganho de peso dos pets, algumas dicas são de grande valia, segundo a profissional:
– Seguir a recomendação de quantidade diária a ser oferecida, informação que normalmente está nas embalagens ou é fornecida pelo veterinário;
– Delegar o fornecimento de alimento a apenas uma pessoa da casa assim a quantidade não vai variar;
– Evitar petiscos em excesso, dando sempre prioridade aos naturais como frutas e legumes;
– Quando deixar os animais sozinhos, disponibilizar brinquedos que estimulem o movimento dos pets, assim eles ficam ativos;
– Resistir aos ‘pedidos’ dos cães por mais alimento, sem ceder à carinha fofa que eles fazem;
– Iniciar uma rotina de exercícios com os cães.
Você verá que pequenos passeios ou caminhadas diárias são importantes para manter a disposição e evitar o ganho de peso do seu pet.