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Cadela enfrenta 27 horas dentro de caixa de transportes em voo de Rio Branco a São Paulo

Mel era uma vira-lata paraplégica que vivia se arrastando pelas ruas de uma cidade do Acre. Os moradores da região não tinham condições de cuidar dela. Por sorte, um casal de Pouso Alegre, no interior de Minas Gerais, soube da situação da peluda e resolveu adotá-la. Para ter um final feliz, entretanto, Mel precisaria enfrentar, […]

Por Carolina Giovanelli
Atualizado em 26 fev 2017, 22h57 - Publicado em 21 jan 2014, 13h33
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Encontro de Mel com o novo dono: quando chegou ao aeroporto de São Paulo, ela bebeu meio litro de água de uma vez (Foto: Reprodução Cão Sem Dono)

Mel era uma vira-lata paraplégica que vivia se arrastando pelas ruas de uma cidade do Acre. Os moradores da região não tinham condições de cuidar dela. Por sorte, um casal de Pouso Alegre, no interior de Minas Gerais, soube da situação da peluda e resolveu adotá-la.

Para ter um final feliz, entretanto, Mel precisaria enfrentar, em 14 de janeiro, uma longa viagem de avião com escala em Brasília, entre os aeroportos de Rio Branco e Guarulhos, em São Paulo, onde seus novos donos iriam recebê-la. Ela deveria sair às 8h30 do Acre para chegar em São Paulo às 23h. O voo, entretanto, se alongou ainda mais do que o esperado. Um desvio para Ribeirão Preto fez com que ela enfrentasse uma maratona de 27 horas dentro de uma caixa de transporte.

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Às 2h da manhã, Ediléia Mesquita e Hélio da Van esperavam no aeroporto preocupados e sem informações. Logo, souberam que Mel não estaria com eles até as 10h da manhã. “Eles entraram em desespero, porque a cadela estava sem comida e água esse tempo todo“, conta Vicente Define Neto, diretor da ONG Cão Sem Dono, que ajudou no processo. “Consegui falar com o pessoal da área de cargas de Ribeirão Preto às 4h da manhã. Eles alegaram que não podiam abrir a caixinha a não ser que tivessem uma autorização por escrito. Fiz o documento e, quando eles receberam, disseram que não tinham ração lá para alimentá-la e iriam procurar. Não sei se chegaram a dar comida para ela.”

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Resposta da TAM pelo Facebook: o casal abriu um boletim de ocorrência contra a companhia aérea

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Segundo Vicente, a caixa de transporte chegou lacrada aqui em São Paulo. Quando desembarcou na cidade, após passar por quatro aeroportos, Mel bebeu pelo menos meio litro de água. Foi de lá direito para a clínica veterinária fazer exames. Felizmente, estava tudo bem com sua saúde.

O casal abriu um boletim de ocorrência contra a TAM, para quem pagou 1500 reais pelo transporte, por não cumprir o prazo de entrega e por maus tratos. Na página do Facebook de uma moça que repercutiu o caso, a companhia aérea comentou: “Lamentamos o ocorrido e informamos que entregamos a cachorrinha Mel para seu dono. Obrigado.”

Após o perrengue, Mel agora está muito bem. Ganhou uma cadeirinha e já corre feliz por aí (veja o vídeo aqui). Esta semana começa sessões de acupuntura para tentar se movimentar melhor.

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A peluda com sua nova cadeirinha: ela agora corre feliz pelas ruas de Pouso Alegre, MG

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