Os destaques da 19ª edição da SP-Arte
Feira acontece até domingo (2) no Pavilhão da Bienal
A 19ª edição da SP-Arte acontece até este domingo (2), no Pavilhão da Bienal, no Parque Ibirapuera. Segundo afirma a fundadora Fernanda Feitosa, a feira deste ano marca a total recuperação do mercado. O evento recebe 167 exposições, reunindo galerias nacionais e internacionais, editoras e instituições culturais. Na manhã deste sábado (1º), no entanto, os ingressos já estavam esgotados. Confira abaixo alguns dos destaques do evento.
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Uma das grandes novidades de 2023 foi o aumento de 30% no número de expositores de design, com 45, cujos estandes ficam no térreo do prédio. Um dos estreantes é a FAS, estúdio paulistano que trabalha com iluminação e trouxe algumas peças interativas. Uma delas, uma espécie de mesa, revela corações vibrantes quando os visitantes observam usando óculos especiais. Outra novidade é a presença da galeria do designer mineiro Porfirio Valladares, com móveis explorando diversos usos da madeira. Marcando a presença dos povos originários brasileiros, o Bancos Indígenas do Brasil, vindo do Mato Grosso e dirigido por Mayawari Mehinako. Os bancos foram feitos pelas etnias Kamayurá, Mehinaku e Waujá.
No primeiro andar, um dos primeiros estandes é o da Pinakotheke, galeria carioca que inaugurou um espaço no Morumbi no ano passado. Ela exibe quadros de importantes nomes brasileiros, como Di Cavalcanti, Alfredo Volpi e Cícero Dias. Próximo dali, a Gomide&Co, responsável pela exposição de inauguração da Casa SP-Arte, espaço permanente da feira, apresenta um conjunto de obras feitas com materiais da terra, em especial cerâmicas. Na seleção, estão artistas como Adriana Varejão, Lenora de Barros, Francisco Brennand e Maria Lira Marques, além da israelense Ofra Grinfeder e da chinesa Maria Cheung. Também estão nessa seção a Almeida & Dale e a DAN Galeria.
A maior parte das galerias de arte fica no segundo andar, como as já consolidadas Nara Roesler, Millan, Luisa Strina, Zipper, Lume e Mendes Wood DM. Passear pelos estandes instalados ali também é uma oportunidade de acompanhar o showcase, novidade de 2023. Trata-se de uma exposição com obras selecionadas de 13 estandes presentes na feira. Com curadoria de Carollina Lauriano, Recuperar paraísos: não precisar do fim para chegar reúne trabalhos de artistas brasileiros que refletem sobre a relação entre os movimentos sociais antirracistas e as discussões ambientais e ecológicas. Alguns dos artistas participantes são Rubem Valentim, na Almeida & Dale, Panmela Castro, na Luisa Strina, e o indígena Aislan Pankararu, que exibe na Galatea, galeria inaugurada em São Paulo no ano passado.
Quem não conseguiu um ingresso para a SP-Arte deste ano pode ainda conferir a Rotas Brasileiras, feira destinada a artistas fora do eixo São Paulo-Rio que acontece de 30 de agosto a 3 de setembro na ARCA, na Vila Leopoldina.
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