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Renato Soares relembra três décadas de fotografias em nova mostra

Exposição individual reúne imagens feitas em convivência com povos originários de regiões de todo o país

Por Humberto Abdo
3 fev 2025, 10h00
O olhar das crianças Yanomami na Terra Indígena Yanomami de Maturaca (2022, por Renato Soares)
O olhar das crianças Yanomami na Terra Indígena Yanomami de Maturaca (2022, por Renato Soares) (Renato Soares/Reprodução)
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Com curadoria de João Kulcsár, Povos da Amazônia, Guardiões do Presente e do Futuro destaca trinta fotografias de Renato Soares, cujo olhar reflete mais de três décadas de convivência com povos originários de regiões de todo o país.

“No começo da profissão, eu trabalhava com outras coisas, mas já juntava dinheiro para visitar esses lugares”, relembra o fotógrafo mineiro.

O pequeno Tuyuka brincando nas águas do Rio Negro. Aldeia Tuyuka Utapinopona, casa da sucuri (2018, Renato Soares)
O pequeno Tuyuka brincando nas águas do Rio Negro. Aldeia Tuyuka Utapinopona, casa da sucuri (2018, Renato Soares) (Renato Soares/Reprodução)

“Em todos os parques nacionais que conheço, sempre há problemas de queimadas e ataques. Nas aldeias indígenas, eles também usam da floresta, mas é tudo mais preservado porque o índio não é dono da natureza, ela que é dona dele. Ele necessita preservar o próprio ambiente”, observa.

Para o início da mostra, uma visita guiada por Renato será conduzida na terça (4), às 19h.

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Grafismo e adornos. Aldeia Mojkarako na Terra Indígena Mebengokre (2016, Renato Soares)
Grafismo e adornos. Aldeia Mojkarako na Terra Indígena Mebengokre (2016, Renato Soares) (Renato Soares/Reprodução)

“Esse recorte mostra a diversidade humana que venho fotografando há mais de trinta anos. Meu projeto é fotografar todas as 305 etnias. Já fiz mais de 100. Mas o importante não é alcançar o objetivo, é simplesmente o caminho.”

Senac Lapa Scipião. Rua Scipião, 67, Lapa, ☎ 3475-2200. Acessível a cadeirantes. A partir de quarta (5). 8h/21h. Até 30/4. Grátis.

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Retrato do Benadjure (cacique) Akiaboro Kaiapó. Terra Indígena Mebengokre (2016, Renato Soares)
Retrato do Benadjure (cacique) Akiaboro Kaiapó. Terra Indígena Mebengokre (2016, Renato Soares) (Renato Soares/Reprodução)
Com o Tukanapi, seu cocar de penas de Arara, Tucano, Papagaio, Recongo e Gavião Real, o Muirapeí o colar feito de caramujos, o colar Djawarum, feito com as garras de Onça e seus brincos de penas de Tucano, o homem está pronto para o ritual. Aldeia Aiha Kalapalo na Terra Indígena Xingu (2016, Renato Soares)
Com o Tukanapi, seu cocar de penas de Arara, Tucano, Papagaio, Recongo e Gavião Real, o Muirapeí o colar feito de caramujos, o colar Djawarum, feito com as garras de Onça e seus brincos de penas de Tucano, o homem está pronto para o ritual. Aldeia Aiha Kalapalo na Terra Indígena Xingu (2016, Renato Soares) (Renato Soares/Reprodução)

Publicado em VEJA São Paulo de 31 de janeiro de 2025, edição nº 2929

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