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Panmela Castro expõe pinturas de nomes como Moisés Patrício e MC Carol

A artista leva também vídeos e fotos para construir a narrativa autobiográfica, em cartaz na Galeria Luisa Strina

Por Tatiane de Assis Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
12 nov 2021, 06h00
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  • Em Ostentar É Estar Viva, Panmela Castro cria uma pinacoteca — termo que, além de museus, pode se referir a uma coleção de quadros — com retratos de pessoas que mantêm relações de confiança. Parte dessas obras pertence à série Vigília, feita durante a pandemia, e traz nomes como o artista Moisés Patrício (2021), com sua serenidade transbordante, e MC Carol, com altivez que dispensa validação.

    Uma pintura em tons claros mostra um buquê de flores na horizontal. Fundo é creme
    Fincada na pintura: mostra de Panmela (@edouardfraipont/Reprodução)
    Uma pintura mostra a MC Carol, uma mulher negra e gorda, sentada de costas em uma cadeira. A bunda está amostra
    MC Carol: retratada por Panmela (@edouardfraipont/Reprodução)

    Apesar de estar fincada na pintura, Panmela leva para o espaço expositivo outras linguagens, como a fotografia, que traz os bastidores das sessões nas quais produziu os trabalhos. Há também por lá, vídeos e prints de comentários em redes sociais, os quais ajudam a costurar a narrativa, que é autobiográfica.

    Uma pintura mostra o artista Moisés Patrício sentado em uma cadeira. Ele está todo de vermelho, é negro e tem rosas vermelhas por cima dele
    Moisés Patrício: parte da exposição (@edouardfraipont/Reprodução)
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    Há que falar ainda de um letreiro Eu Sobrevivi-Não Residência (2021), em que pedacinhos de espelhos parecem ecoar o grito dela (e de muita gente). Tal obra nos leva para um dos poemas mais conhecidos da americana Maya Angelou, Still I Rise, em português, “Ainda assim, eu me levanto”. Natureza Morta III — Da Série Mulheres Negras Não Ganham Flores (à esq.; 2021) fecha com sua frustração lodosa por aqui o trajeto.

    Galeria Luisa Strina. Rua Padre João Manuel, 755, Cerqueira César, ☎ 3088-2471. Segunda a sexta, 10h às 19h; sábado, 10h às 17h. Grátis. Até 29 de janeiro de 2022.

    +Assine a Vejinha a partir de 6,90.

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    Publicado em VEJA São Paulo de 17 de novembro de 2021, edição nº 2764

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