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A Ocupação Mario Pedrosa está em exibição no Itaú Cultural (IC). A vida e a obra do crítico de arte pernambucano (1900-1981) são os temas da mostra, que reúne 300 peças, entre documentos, fotografias, reproduções de obras de arte e vídeos.
Um dos destaques é uma carta dos anos 70 assinada por Pablo Picasso, Alexander Calder, Henry Moore e Edouard Pignon, endereçada ao general Garrastazu Médici, em protesto contra a ordem de prisão de Pedrosa.
Comunista e depois social-democrata, o intelectual foi vítima de perseguições políticas tanto no governo de Getúlio Vargas quanto na ditadura militar, o que levou a uma vida de exílios e retornos temporários.
Formado pela Faculdade de Direito de São Paulo, sua atividade na crítica jornalística e no ensaísmo foi definitiva na consolidação de movimentos inovadores como a arte cinética e o concretismo paulista.
O crítico também teve importante atuação nas instituições culturais brasileiras, sendo membro da comissões organizadoras das primeiras Bienais de São Paulo, e até, em 1961, ocupando o cargo de diretor-geral da mostra, além de diretor do Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM-SP).
A exposição dialoga com Ensaios para o Museu das Origens, em cartaz até 28 de janeiro nos três andares do IC, inspirada na proposta do crítico para a reconstrução do MAM-Rio após incêndio em 1978.
A curadoria é da Equipe Itaú Cultural (Núcleo de Artes Visuais e de Acervos e Núcleo Enciclopédia e de Memória) e de Marcos Augusto Gonçalves. Itaú Cultural. Avenida Paulista, 149, ☎ 2168-1777. ♿Ter. a sáb., 11h/20h; Dom., 11h/19h. Até 18/2/2024. Grátis. itaucultural.org.br.
Publicado em VEJA São Paulo de 27 de outubro de 2023, edição nº 2865
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