A Máquina Lírica, em cartaz na galeria Luisa Strina, conta com 24 participantes, entre artistas e coletivos, como Davi do Nascimento e Brasilândia.co. O percurso criado pela curadora Pollyana Quintella é bastante acertado ao ir estabelecendo elos entre diferentes trabalhos, que, por sua vez, de maneiras díspares, nos apresentam as questões postas ali. A fragmentação da imagem vista na série O Debate (2019), de Jarbas Lopes, nos leva às tramas que envolvem a construção de um retrato e nos parecem perguntar se essas mesmas camadas não poderiam ser vestidas, em vez de somente vistas. O que de alguma forma prenuncia a emergência do corpo nos trabalhos. Corpo que se reinventa pelo movimento, pela relação com o sagrado, e que mesmo sendo fragmento alude à noção de unidade.
> Galeria Luisa Strina. Rua Padre João Manuel, 755, Cerqueira César, ☎ 3088-2471. Segunda a sexta, 10h às 19h; sábado, 10h às 17h. Grátis. Até 9 de outubro.
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Publicado em VEJA São Paulo de 15 de setembro de 2021, edição nº 2755