Obra inédita de Tomie Ohtake entra em cartaz permanentemente em SP
Peça foi criada em 2001 e fazia parte do acervo pessoal da casa da artista

A Casa Bontempo agora tem uma obra inédita de Tomie Ohtake (1913-2015) em seu acervo. A peça, uma escultura sem título criada pela artista em 2001, está em exibição permanente e gratuita no espaço da marca inaugurado este ano, na Avenida Rebouças.
Selecionada pela curadora Ana Carolina Ralston, casada com o neto de Tomie, o arquiteto Rodrigo Ohtake, a escultura fazia parte do acervo pessoal da casa da artista nipo-brasileira. Tomie chegou ao Brasil em 1936 e se consolidou como um dos maiores nomes da arte nacional. A obra na Casa Bontempo tem 2,7 metros de diâmetro e cor amarela, que Tomie costumava dizer representar o gosto que sentiu na boca ao chegar pela primeira vez na capital paulista.

A aquisição marca os 130 anos de amizade e relações diplomáticas entre Brasil e Japão e os dez anos do falecimento de Tomie Ohtake.
A carreira da artista, iniciada na década de 1950, foi marcada pela presença em mais de vinte bienais de arte e 120 exposições individuais, além de contabilizar mais de 25 prêmios nacionais e internacionais ao longo de toda sua trajetória de mais de cinco décadas.
O que mais tem no acervo da Casa Bontempo
Espaço da marca gaúcha de mobiliário de luxo, o local é um “espaço conceito”, não um ponto de venda, reservado a ativações e experiências relacionadas ao universo da arquitetura e do design.
Um dos destaques da coleção artística permanente é o quadro The Lake, After Tarsila do Amaral, de Vik Muniz. Essa é uma reinterpretação da pintura O Lago (1928), de Tarsila, e faz parte de uma série que revisita grandes clássicos da arte mundial.
Outras duas obras foram produzidas especialmente para a Casa Bontempo: uma do artista visual e líder espiritual Bu’ú Kennedy, pertencente ao povo Tukano, da Amazônia, e outra do paulista Taygoara Schiavinoto.
Completam a seleção trabalhos de diversas regiões do país, de nomes como Frida Baranek, Manuela Costa Silva e Esther Bonder, além de obra digital de Leandro Lima e esculturas do artista sergipano Véio.