Mira Schendel: Transparências, que abre nesta quinta-feira (1º), das 19h às 21h, na Galeria Luisa Strina, traça um panorama da renomada artista a partir de mais de cinquenta de suas famosas Monotipias, produzidas entre 1963 e 1965.
Nessa série, Schendel aplicava pó de talco em papel de arroz japonês sobre uma placa de vidro com fina camada de tinta, e então desenhava com diversos instrumentos ao aplicar pressão no lado oposto do papel, resultando em obras com marcas gráficas únicas. A técnica permitia à artista se aproximar da transparência e, para ressaltá-la, a galeria exibe as obras em prateleiras retroiluminadas.
A mostra organizada pelo francês Olivier Renaud-Clément, em colaboração com a família Schendel e a galeria suíça Hauser & Wirth, exibe ainda as séries Objetos gráficos, Transformáveis e Discos, do tempo em que ela passou a explorar o acrílico, nos anos 60 e 70.
Nascida na Suíça, em 1919, a artista emigrou para o Brasil em 1949, em meio à Segunda Guerra Mundial, após ser obrigada a se refugiar em uma série de países por sua origem judaica. Ela se estabeleceu em São Paulo em 1953, onde viveu até sua morte, em 1988, e se tornou um expoente da arte contemporânea latino-americana.
Galeria Luisa Strina. Rua Padre João Manuel, 755, Jardins. ☎ 3088-2471. Seg. a sex., 10h/19h. Sáb., 10h/17h. Grátis. Até 21/9. luisastrina.com.br.
Publicado em VEJA São Paulo de 2 de agosto de 2024, edição nº 2904.