O Masp exibe, a partir desta sexta (23), um panorama dos últimos cinco anos de produção e vida de Leonilson (1957-1993). Leonilson: agora e as oportunidades acompanha o período em que o cearense desenvolveu um trabalho mais poético, com economia de cores e traços, em que predominam desenhos, objetos e bordados.
Um exemplo é Ninguém (1992), peça feita em linha sobre fronha de algodão bordada, tecido de algodão xadrez e travesseiro. São mais de 300 trabalhos e documentos, incluindo cadernos e folhas de agendas do artista, curados por Adriano Pedrosa, que reconstroem seus últimos anos de vida a partir de obras de caráter autobiográfico.
Temas como o amor, os amantes, a sexualidade, as minorias e a Aids estão presentes em sua produção – Leonilson descobriu ser HIV positivo em 1991, mesmo ano em que produziu a série Os dedicados, para os homens com quem se relacionou.
No mesmo dia, o Masp abre a Sala de vídeo: Kang Seung Lee, com a obra audiovisual Lazarus (2023), do artista coreano, que homenageia as vidas perdidas durante a epidemia de Aids ao reinterpretar duas obras: a última obra de Leonilson, Lásaro (1993), e o balé Unknown Territory (1986), do coreógrafo singapurense Goh Choo San (1948-1987).
Masp. Avenida Paulista, 1578. ☎ 3149-5959. Ter., 10h/20h. Qua. a dom., 10h/18h. R$ 70,00 (inteira). Até 17/11. masp.org.br.
Publicado em VEJA São Paulo de 23 de agosto de 2024, edição nº 2907.