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Itaú Cultural tem Herkenhoff, Krenak e Neuenschwander

Conheça três exposições imperdíveis para visitar gratuitamente na instituição

Por Ana Mércia Brandão
7 set 2025, 08h00
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Ailton Krenak (Hiromi Nagakura/Divulgação)
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O Itaú Cultural promove três grandes exposições até novembro. Men am-ním Ailton Krenak, “Ocupação Ailton Krenak” na língua Borum, detalha, com mais de noventa itens, a trajetória do escritor e ativista, membro da Academia Brasileira de Letras (ABL). O destaque vai para suas pinturas à óleo, nanquim e urucum, bem como uma série de seus cadernos com desenhos e poemas sobre a fauna, os rios e os territórios indígenas.

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Desenho do Rio Juruá. afluente do Rio Amazonas, por Ailton Krenak (Divulgação/Divulgação)

Há ainda documentos históricos sobre o povo Krenak, traduções de suas obras literárias e os bastidores de seu discurso emblemático na Assembleia Nacional Constituinte de 1987, em protesto contra o retrocesso nos direitos indígenas que se desenhava na nova Constituição.

O líder é visto em outra exposição, a Ocupação Paulo Herkenhoff. Em depoimento, ele analisa o olhar certeiro de Herkenhoff para a arte indígena. A exposição, com curadoria de Leno Veras, mostra como o capixaba, um dos maiores curadores do país, detectou tendências e movimentos artísticos, a partir de cerca de 340 peças.

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Caderno de anotação de Herkenhoff sobre o MoMA, de 2000 (Reprodução/Reprodução)
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Reúne 45 dos quase 500 cadernos de anotações de Herkenhoff, sobre nomes como Louise Bourgeois, Beatriz Milhazes e Paulo Mendes da Rocha. O visitante também circula entre seus trabalhos como crítico e curador, a exemplo da 24a Bienal de São Paulo, conhecida como “Bienal da Antropofagia”.

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‘Notícia de Jornal (Quarto Verde)’, de 2025 (Eduardo Ortega/Divulgação)

Outros três pisos do Itaú Cultural são ocupados por Brasil de Susto e Sonho: um Panorama da Obra de Rivane Neuenschwander, em cartaz até 2 de novembro. Com curadoria de Fabiana Moraes, a mostra traz trabalhos clássicos dos trinta anos de carreira da artista mineira, como Quarta-feira de Cinzas/Epílogo (2006), ao lado de outros inéditos. A instalação Apocaplástico e o vídeo Mestre Zenóbio e o Cordão da Bicharada, com o cineasta Cao Guimarães, foram feitos especialmente para a exposição.

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Susto e sonho permite ao visitante perceber o olhar atento de Rivane para assuntos da subjetividade humana e temáticas sociais e políticas.

Itaú Cultural. Avenida Paulista, 149, ☎ 2168- 1777. → Ter. a sáb., 11h/20h. Dom. e feriados, 11h/19h. Grátis. Até 23/11.

Publicado em VEJA São Paulo de 5 de setembro de 2025, edição nº 2960.

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